sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

O quanto é/não é difícil ser sozinho no mundo.
Paro pra pensar sempre que por razão ou outra me encontro sozinha mais que 24horas.

Tenho uma casa só pra mim.
Tenho uma casa que não fica bem só pra mim.

Tenho armários lotados e esbarrotados de espaço.
Armários pequenos e com muita falta de espaço até me atraem.

A cama é só minha.
Adoro dividir meu edredom.

Posso mudar de canal o quanto eu quiser.
Odeio ficar passando os canais.

Me esparramo no sofá e dele só saio quando quero.
Você sabe quanto dói as minhas costas ficar deitada tanto tempo?

Canto no chuveiro.
Converso na cozinha.

Choro no telefone.
Dou risadas na janela.

Como tudo que tenho vontade.
Que preguiça de cozinhar!


Acho que isso deve ser como amar. Uma hora você acha que encontra a pessoa certa, outra, já quer que ela suma da sua vida. Ficar sozinho até pode fazer bem, mas não para uma pessoa hiperativa como eu, nem para uma tagarela que não consegue ficar um dia sem conversar.
A partir de amanhã, conversarei com o porteiro, os ursos, banheiro, Fátima Bernardes e quem sabe com a minha alma, que mais que ninguém odeia esse silêncio. Não nasci para ser sozinha, ai de mim se um dia eu acabar assim.
Que me joguem no mar, assim, ao invés do silêncio da terra, escutarei o barulho dos peixinhos no mar!

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