terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Asilo.

Ontem achei que o dia ia ser cansativo e desagradável. Acordei com a impressão de que o mundo não podia ficar pior. Passou o dia e o humor foi crescendo,crescendo até que as sete da noite o dia se enxeu com a cor mais bonita de todas, A dos sorrisos de geléia.
Eles são pessoas que não tem nada a perder além da própria vida. Não ganham mais dinheiro, não ganham mais presentes, não ganham mais amor. Olhei para os lados e vi vários idosos com o olhar mais sonhado, mais desejado de carinho do mundo. Abracei alguns e senti na pele o que é não ter nada pra piorar. Vi todos aqueles sonhos ali, abandonados e deixados de lado por filhos que depois de grandes perderam o amor por aqueles que tanto cuidaram e protegeram, que os fizeram crescer e eestar onde estão.
"Eu queria ir embora daqui, mas ligo há uma semana para meu filho e ele não me atende"
'meu lugar não é aqui"
Meu coração partia a cada frase e a cada abraço que eu presenciei. Partiu do tamanho do mundo, e não sei mais como construir ele de volta. Os sorrisos de geléia que eu esperava encontrar se misturarm com os abraços de chocolate e as palavras de algodão doce, transformando não meu dia, mas minha vida por completo.
Espero nunca ver meus pais num lugar como este, e espero muito mais, espero que filhos como os dos que estão lá não existam mais no mundo. Minha angústia, minha raiva, meu ódio por muita coisa sumiu, deu lugar a uma indgnação sem fim, que me diz agora diariamente: Podia ser pior.
Queria todos aqueles sorrisos e abraços mais felizes neste natal.

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