domingo, 21 de dezembro de 2008

Cotidiano

Da sacada eu vejo todos que passam por aqui, todos todos não, mas uma grande parte deles. São de todos os tipos, jeitos e estilos. Alguns chamam mais a atenção que outros, os mais discretos quase passam despercebidos. Vejo também um céu muito azul e sol, muito sol, que invade meu corpo com seu calor. A cerveja em cima da mesinha, os pés enxarcados com água gelada e a família, todos beliscando quitutes da colônia. O baralho também é companhia presente, faz questão de aparecer nas noites quentes, junto com o terere, que cada novo dia tem um novo sabor.
Da minha sacada eu vejo o mundo passar, mas dela eu também vejo o futuro chegar. Nos pés descalsos e na música que toca baixo nos ouvidos aumento minha intensão de não voltar pra pacata cidade onde cresci, mas aumento também o desejo de acompanhar tudo o que acontece por aqui.
Só da minha sacada eu enxergo o que eu quero, e só nela, esbanjo alegrias e sorrisos, que foram embora do meu rosto por algum tempo, mas que insistiram e eu os deixei voltar. Da minha sacada eu vejo só quem eu deixo meus olhos enxergarem.

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