segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Lembranças

"são as velhas, eternas cigarras..."
É só falar em lembranças que me vem essa música na cabeça, talvez pelos tempos engraçados e bons do CTG, talvez pela família gaúcha que escuta incansavelmente wilson pain todos os domingos, sejam eles família ou não. Não sei bem certo, mas é ao som dela que escrevo hoje. Quis escrever sobre lembranças porque são elas que estão matando meu coração de dúvidas e incertezas gigantescas.
Ontem eu parei pra pensar em tudo o que esta ao meu redor me lembra. Fui até o clube e lembrei de histórias que só eu sei, que só eu vi e que nunca contei pra ninguém, fiquei inclusive mal-humorada devido as más lembraças, aquelas que a gente quer esquecer, e por tanto querer não esquece, paerce que vive ainda mais. Lá também descobri que não lembro de várias coisas, principalmente de coisas que são esquecidas devido ao alcool, que quando entra, faz algumas coisas sempre darem errado, e no meu caso, muito errado.
Vi algumas crianças e me lembrei da saudade que estou de andar de bicicleta, da vontade gigante que tenho de correr e jogar bola. Cheguei sonhar com o velho time de futebol, ainda mais depois de encontrar as velhas joelheiras de goleira.
Deitei e fechei os olhos pra tentar esquecer a minha lembrança mais doída, que guardo só pra mim no coração, fechei fundo os olhos e peguei no sono. Lá encontrei algumas coisas que havia esqecido, e quando acordei, a primeira lágrima depois de 2 meses caiu. Não era uma lágrima de saudade, nem arrependimento, ela só caiu por se dar conta que agora o que restam são apenas lembraças, boas e ruins.
Deixei isso de lado e comecei a lembrar do TCC e do ano que vem. Quis enxer minha cabeça com palavras relacionadas com jornalismo e relações públicas, mas ela estaava cansada demais pra isso, resolvi sair, mas não deu certo. Resolvi então novamente deitar.
Acordei com a velha gritaria na casa, a irmã mais velha chegara, e a alegria dos meus pais até me fez dar um aperto no coração. Lembrei do passado novamente, das brigas e puxões de cabelo, do disco de vinil do Balão mágico gritando a gainha magricela.
Quis fechar os olhos e lembrar de tudo, quis abrir e esquecer do resto. Não consegui nenhum nem o outro. o que consegui foi a lembrança de um sorriso doce e um abraço apertado, que hoje não ganhei. Mas ganhei a certeza de querer um futuro que me alegre mais que a nostalgia que esta durando este final de ano. O fim nunca é bom, porque as lembraças do fim fazem tudo ficar mais vazio de cor. Quero um sol brilhando ao invés dessa chuva morna que esquenta tudo ao redor e molha a vidraça sem medo de sujar com o barro respingado, quero uma grande sorte e um grande presente, que papai noel ta me devendo, quero mais que tudo uma caixinha grande onde as minhas lembranças pudessem ser colocadas, uma a uma, sem a bagunça do meu quarto nem o desespero da minha pressa. Queria ter essa caixinha armazenada no meu coração, e que de lá ela nunca fosse embora. Lembranças que são parte da minha vida e que perdi, eu queria de volta.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Asilo.

Ontem achei que o dia ia ser cansativo e desagradável. Acordei com a impressão de que o mundo não podia ficar pior. Passou o dia e o humor foi crescendo,crescendo até que as sete da noite o dia se enxeu com a cor mais bonita de todas, A dos sorrisos de geléia.
Eles são pessoas que não tem nada a perder além da própria vida. Não ganham mais dinheiro, não ganham mais presentes, não ganham mais amor. Olhei para os lados e vi vários idosos com o olhar mais sonhado, mais desejado de carinho do mundo. Abracei alguns e senti na pele o que é não ter nada pra piorar. Vi todos aqueles sonhos ali, abandonados e deixados de lado por filhos que depois de grandes perderam o amor por aqueles que tanto cuidaram e protegeram, que os fizeram crescer e eestar onde estão.
"Eu queria ir embora daqui, mas ligo há uma semana para meu filho e ele não me atende"
'meu lugar não é aqui"
Meu coração partia a cada frase e a cada abraço que eu presenciei. Partiu do tamanho do mundo, e não sei mais como construir ele de volta. Os sorrisos de geléia que eu esperava encontrar se misturarm com os abraços de chocolate e as palavras de algodão doce, transformando não meu dia, mas minha vida por completo.
Espero nunca ver meus pais num lugar como este, e espero muito mais, espero que filhos como os dos que estão lá não existam mais no mundo. Minha angústia, minha raiva, meu ódio por muita coisa sumiu, deu lugar a uma indgnação sem fim, que me diz agora diariamente: Podia ser pior.
Queria todos aqueles sorrisos e abraços mais felizes neste natal.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Cotidiano

Da sacada eu vejo todos que passam por aqui, todos todos não, mas uma grande parte deles. São de todos os tipos, jeitos e estilos. Alguns chamam mais a atenção que outros, os mais discretos quase passam despercebidos. Vejo também um céu muito azul e sol, muito sol, que invade meu corpo com seu calor. A cerveja em cima da mesinha, os pés enxarcados com água gelada e a família, todos beliscando quitutes da colônia. O baralho também é companhia presente, faz questão de aparecer nas noites quentes, junto com o terere, que cada novo dia tem um novo sabor.
Da minha sacada eu vejo o mundo passar, mas dela eu também vejo o futuro chegar. Nos pés descalsos e na música que toca baixo nos ouvidos aumento minha intensão de não voltar pra pacata cidade onde cresci, mas aumento também o desejo de acompanhar tudo o que acontece por aqui.
Só da minha sacada eu enxergo o que eu quero, e só nela, esbanjo alegrias e sorrisos, que foram embora do meu rosto por algum tempo, mas que insistiram e eu os deixei voltar. Da minha sacada eu vejo só quem eu deixo meus olhos enxergarem.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Cinco Sorrisos

Entre as minhas maiores paixões está o sorriso. Acho inclusive, que se eu fosse classificar, ele ficaria entre as três coisas mais importantes da minha vida. O sorriso que vem de alegrias, de emoções e de prazeres insubstituíveis. São de várias pessoas que eu guardo sempre no coração, como as lembranças mais importantes da vida. Não são apenas sorrisos, são atitudes que levam a ele, e entre essas atitudes, as cinco estrelas que fizeram meu final de ano mudar, meu final de ano finalmente sorrir.
A primeira me faz sorrir há três anos, desde as sonecas conversando até as horas sem fazer nada, uma olhando para a cara da outra. Somos tão diferentes que nos completamos diariamente, na cozinha, no banheiro e na sala, toda bagunçada e com um jeitinho de inverno. Nossos sorrisos se cruzaram logo no primeiros dias, aqueles que tinham cara de tristeza e de mudança. Logo vieram as brincadeiras, a cumplicidade e o companheirismo. O meu primeiro sorriso acompanhou todo o meu trajeto, participou de todas as minhas conquistas e derrotas, trouxe na mala a saudade de casa e um gosto de amizade que eu dificilmente experimentarei de novo. Com ela não preciso nem falar, nos olhamos nos olhos e sentimos a mesma coisa. Foi ela a primeira a saber de tudo o que aconteceu, era pra ela meu sorriso de bom dia e meu olhar cansado de boa noite. Nas estrelas, ela é a que brilha mais forte, pois é dela a minha constelação mais brilhante. Brilhante como ela, que deu o susto de me deixar e que apesar de eu querer o melhor pra ela ficaria dificil resistir. O jeito doce de contar novidades e o carinho que cultivei fazem dela o complemento que eu precisava.
Meu sorriso número dois veio sem querer. Não sei bem o porque mas a gente ficou muito próximas esse ano. Antes não era nem um pouco parecido com agora. Nem com ela nem com os próximos sorrisos dessa descrição. Na verdade, ela no inicio era um exemplo a ser seguido, uma coragem e determinação que nunca vi igual. Tamanha vontade de viver que deixava tudo mais cheio de cor quando ela chegaava. Participamos junto da vitória que foi esse ano, e aprendemos juntas o sabor de uma amizade cheia de desafios. Era tudo brincadeira e fui gostando tanto de passar os dias com ela que nem sei mais se conseguiria me imaginar sem. Tardes na sua pequena grande casa nos deixavam cada vez mais perto dos sonhos e dos desejos que eu sempre tive. A mestre dos conselhos mais utilizados, que me apoiou em todas as decisões e que não deixou eu desistir nem por um segundo. Fez eu aprender a ser forte, a tomar decisões rápidas, práticas e quase nem sempre seguras, mas determinantes. Olhava com aquele jeito meio malandro e deixava todos ao seu redor sem palavras, principalmente eu, que da vida não sabia é nada, e ela, aos pouquinhos foi me mostrando que só vivemos uma vez, e que enquanto isso acontece, temos que viver intensamente.
O terceiro sorriso é de tamanho mistério que não sei como consegui fazer parte de mim. Ela é tudo o que eu queria ser, tem um jeito meigo, um olhar apaixonante e um carinho que não tem tamanho. A beleza exterior é gigantesca, mas só o interior que mostra realmente que esse mistério dos olhos verdes é um doce de pessoa. Nunca, nos primeiros dias de aula imaginei eu sentada perto dela, falando dos mesmos assuntos, discutindo as mesmas coisas. os conselhos dela eram sempre os mais escutados, os mais corretos, e lembravam muito minhas irmãs. Chegou tão rápido que quando vi nem sabia que era verdade. Hoje em dia, acho inclusive que é uma sorte gitantesca ter ela todos os dias. As palavras doces e a poesia que se esconde debaixo dela é o que eu mais admiro. Mas o que me marcou mesmo foi a alegria que ela trazia quando chegava. Coisas em comum que eu tenho com ela e que descubro a cada dia, quando ela ri e fala sobre a vida. O olhar mais misterioso que me faz acreditar que sorrir é fundamental pra quem quer realmente viver.
O quarto sorriso é uma garupa. Garupa porque nos aproximamos nas aventuras de uma moto envenenada. Até o corte de cabelo era igual, uma franja meio jogada, e aquele cabelo rebelde secado ao vento. A intelectual que me fez ler livros inteligentes e devolver o sorriso que nunca devia ter saído do seu rosto. Que com um olhar só fazia meu coraçao se acalmar, se enxer de paz e felicidade. Até nem participou muito dos meus olhares tristes, mas me encorajou a seguir em frente e mostrar que tudo ia dar certo. Subia na moto sem capacete com a coragem que nem sei de onde ela tirava, iamos e voltavamos nas aventuras telejornalisticas que nos faziam rir. Vivemos juntas também o amor e a vontade de mudar. Ela pra um e eu pra outro. E foram nas nossas aventuras e sorrisos que encontrei uma cor especial para esse ano.
O quinto veio agora, chegou de mansinho e me tirou do fundo do poço. Junto com o sorriso dois e três mostraram-me que a vida é muito mais que uma antiga vida, que ela se constrói a cada dia e que não importa nada, o presente é um presente diário. O olhar acanhado e o sorriso malandro enxeram meus dias de cor, trouxeram o sabor que faltava e aumentaram minha auto-estima diariamente. É o amigo que eu quis toda a vida, que me escuta falar sem parar e que não reclama das minhas chatices. Foi com a intimidade que nos aproximamos, e é graças a ela que hoje converso com ele todas as minhas histórias. É dele também que vem os elogios que ajudam a reconstruir um coração meio partido. São as palavras dele que fizeram tudo ter outra cor, fizeram eu esquecer do inverno e abrir os olhos para o verão.
Aos meus cinco amigos, que não cabem nessas palavras, mas que através delas eu tento falar o quanto são importantes na minha vida, que eu escrevo essas linhas meio tortas. Não consigo falar tudo o que quero porque o coração aperta só de pensar que estou longe de todos, porque a saudade tá grande, e a maravilha que eles fizeram esse ano por mim ficou pra sempre no coração. São amigos que aprendi a gostar, a entender e a admirar. Tudo, tudo neles tem um sentido completo, que me completa e preenche meus vazios. Sem eles fico sem palavras, sem sorrisos doces.
Até podem ser apenas sorrisos bobos, mas ter eles por perto faz tão bem quanto estar em casa. Queria ter tudo ao mesmo tempo, meus sorrisos amados e adorados junto com minhas paixões. Quem sabe um dia.
Quem sabe qualquer dia...
Para Mi, meu sorriso companheiro
Para Su, meu sorriso malandro
Para Fran, meu sorriso espelho
Para Cris, meu sorriso irmão
Para Eros, meu sorriso colorido

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

ônibus

Sempre que viajo observo bem os rostos que passeiam no ônibus. Tenho raiva de alguns, medo de outros, vontade de conversar até. Não sei bem o pq disso, mas é sempre uma experiência diferente embarcar no mesmo princesa dos campos. Parar no Três Pinheiros, descer, usar o banheiro, - sempre limpo, nunca cheiroso -, quem sabe comer um pão de batata, quase nunca, meus enjôos são mais fortes que a vontade daquele delicioso catupiry. é tudo muito igual, mas ao mesmo tempo, naquela aula de história dos tempos de esfa inclusive a gente aprende o porque. Não bem o pq, mas uma breve explicação. O tempo é relativo. O que isso significa numa viagem? Significa se você tem sono ou não. Lógicamente, quem dorme, não sente o tempo desgastante da viagem passar. Quem não dorme fica ali, contando as árvores, listras, placas e tudo mais (essa parte não sei bem pq de insônia não sofro muito).
Hoje, no ônibus tinham as mais diferentes pessoas, acho que parece uma muvuca, completa, uma torre de babel quem sabe. Todos falam a mesma língua, mas ninguém ali é muito afim de papo. O casal de namorados no primeiro banco são um só no meio das cobertas e travesseiros. É perna pra um lado, braço pra outro, uma confusão. Do lado, na poltrona 3 e 4, os lugares reservados para os aposentados sempre tem cheiro de biscoitos e sorrisos de geléia. Uma diversão sentar por ali. Já mais no fundo, homens de boné escuro e camisetas de botão. Um perfume que não gosto nem de lembrar, já lembrando que significam ônibus. Tem também as garotas que não param de falar.Unha feita, cabelo bem escovado. Parece até que vão para uma festa, mas não, elas vão para casa.
E as crianças. Fofas. ! Fofas? Até ela puxar seu cabelo, jogar um tatu na sua roupa, passar a mão cheia de salgadinho no seu rosto e dizer: Tia, posso sentar no seu colo?
Devo ter mel, gordinhos também insistem em ocupar minhas poltronas por inteiro. Não que eu tenha nada contra, não é isso, mas perseguição é demais né? Mas tudo bem, eu vou sorrindo de lá até o destino, é sempre assim.
Acho que o ônibus é um encontro de saudades mais apaixonantes que existem. Tem as do namorado, da mãe, pai, irmão, avós, familia, amigos, trabalho, casa, filhos, cachorro, gato....
Desde meus 4 anos de idade pego ônibus, vou e volto pra tudo que é canto. Já fui longe e já fui muito perto. O que mais me encanta na verdade não são os cheiros (na maioria ruins), mas a angustia de 90% que entra neles. Todos apressados, olhando impacientes no relógio... e o celular, uma cidade antes do destino só se ouvem as chamadas a cobrar e os toques incontroláveis.
Ah, como a saudade move o mundo, e justo ela, a palavra que só existe por aqui.
E como ela move o mundo, naada melhor que juntar o mundo todo dentro de um lugar só. O ônibus. O pobre e velho, rico e limpo, fedido e fedido. Mas como é bom chegar depois dele, e agradecer, agradecer do fundo do coração por mais uma tarde vagando por ai!
Agora de férias!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Desejo

Desejo, desejo, desejo e desejo. Cada vez mais desejo coisas tão desejadas, que construo no coração e eles acabam se fixando no meu cérebro e desejos agora fazem parte de mim.
Mas também, quem nunca desejou algo, porque desejo é mais forte que sonho. Sonhos você tem a noite, sozinho, no seu quarto. Desejos você tem a qualquer hora, e não são os desejos de gravidez ou TPM. São desejos femininos sim, mas são mais fortes. Pode até ser por uma barra gigante de chocolate sim, mas normalmente eles são mais intensos que isso, chegam assim de mansinho e ficam, ficam até você se dar conta que não tem jeito mesmo, o desejo precisa ser acalmado ou esquecido. Eu particularmente prefiro desejar e acabar com o desejo de presente. Ai como é bom ter o que se é desejado como se fosse um belo prato em sua frente, pronto para ser devorado. Uma sensação meio estranha é ter desejos opostos ao que já foi desejado, e isso deve ser normal pra todo mundo também, ou não, e eu estou tendo alucinações cada vez mais intensas.
Agora, meu desejo é voltar para o lar e abraçar a família como se fossemos apenas um corpo. Desejo muito ter minha velha cama de volta, aquela que me da dores nas costas (minhas velhas costas que vivem doendo), acordar as seis da manhã com o canto dos passarinhos no jardim, única janela do meu velho quarto, que assim que fui embora virou o closet das irmãs. Desejo fortemente também participar da cozinha do almoço família que tenho diariamente lá, ver a cara de satisfeitos e ainda surpresos com a melhora das minhas habilidades. Abrir a farmácia pra depois fechar-la. Ir na lotérica correndo assim que a mãe descobre uma conta perdida. Abraçar o mel e a mirrau como se fossem gatos de pelúcia, e naquele monte de pelos encontrar minha renite que ficou adormecida desde o antigo verão.
Rever meus velhos amigos, sair, rir e fazer destas férias uma festa diariamente. Desejo também encontrar os meus novos, que nem são mais novos, são mais próximos amigos. Aqueles que vejo todos os dias aqui, e que um mês longe parece dar um aperto de saudade tão forte que da vontade de gritar. Desejo ir ao clube e reparar como estou gordinha, e mesmo assim rir das besteiras que vou escutar nas cadeiras de sol.
Passear na rua só para as pessoas verem como eu cresci, verem que mesmo crescida não deixo de ser a comilona, dorminhoca, miquinha, caleffinha e buxinho. Apelidos escutados em cada esquina que passo durante as férias. Desejo mais ainda rever aquele céu que traz com ele o cheiro doce de chocolate, caramelo ou coco, as vezes de morango também. Ver os buracos na rua e reclamar sem parar que ninguém me deixa aprender a dirigir direito. Desejo ver minhas irmãs, que de longe são minha saudade mais intensa. Abraçar meu irmão no Natal, único dia que ele realmente abraça alguém. Brigar com eles após o período de paixão, e nas brigas perceber que somos um quarteto perfeito, sem tirar nem por.. Nas sardinhas da binha, no sorriso do rafa e na ingenuidade da kel, na minha molecagem também.
Desejo ter isso pra vida toda, desejo mais que tudo ter isso pra vida toda!
Bom dia! Los Hermanos, desejo realizado número um.
Chuveiro novo, desejo não realizado número um.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Feliz 2009!


A vida é cheia de escolhas. E nessas frases manjadas e cheias de significados únicos pra cada pessoa é que eu começo um novo dia. Um novo olhar, uma nova maneira de ver que a vida pode começar todos os dias, com o colorido do sol ou o brilho da chuva, que escorre cautelosamente pelo vidro da janela do quarto que um dia foi seu também.
Agora, eu escolhi a bossa nova, o choro e as “músicas inteligentes” pra amar, troquei a calmaria do sertanejo e o agito do pagode pra gostar mais do tempo que passo comigo mesma. Fiz um bolo colorido e escolhi que prefiro, e este eu escolhi quando devia ter apenas alguns meses ainda, que troco o melhor salgado do mundo por uma deliciosa torta de chocolate, que só a dona Joice sabe fazer. Aquela mesma, que eu peço a 20 anos de presente de aniversário, que em muitos deles não deu muito certo, pois a vontade era tamanha que eu fazia o pobre bolo “desandar” - esta, nas palavras culinarísticas de minha doce mãezinha.
Escolhi também o agito da cidade e deixei de lado aquele desconforto do sofá, que me prederam durante muito tempo na frente da televisão, e me fizeram perder muitas coisas das quais eu não gostaria de ter perdido. Mas que bom também que encontrei elas a tempo e agora o sorriso das noites me contagia junto com a mesa do bar e a cervejinha sagrada em cima da mesa, distribuída em vários copos, copos sempre sorridentes, e muito mais alegres agora que a presença dos amigos está completa.
Deixei de lado as velhas indecisões e resolvi partir pra cima. Ver o que eu quero e se eu quero verdadeiramente não ter que me preocupar se no final do ano tenho presentes de Natal ou Ano Novo. Desisti dessas escolhas que levam eternidades, agora sou prática e rápida. Acho inclusive isso mais seguro, pode até ser mais complicado, mas consegue sempre ser mais espontâneo, assim como um amigo já me definiu, Espontânea.
Quis mudar o mundo, já não quis mais, agora penso só em mudar minha vida e a vida dos que estão ao meu redor, acho que já é o bastante, não o necessário, mas o bastante para o meu gosto e vontade, porque a preguiça eu não deixei de ter, acho que ela será uma escolha eterna, quando eu vim ao mundo minha mãe deve ter dito: Que Deus a ilumine, abençoe e que a preguiça a domine. Ou coisa assim do tipo.
Ah, e do sono, cochilos e sonecas eu não abri mão também. Sou ainda a pessoa mais dorminhoca que eu conheço, que onde se encosta dorme e por assim vai. Acho inclusive que devo ser uma espécie rara, daquelas que foi picada pelo inseto do sono e nunca descobriu. Sorte ou azar, vai saber!
Deixei para traz algumas incertezas também. Um casamento marcado e uma vida programada. Para compensar, voltei a ter o sonho de uma solterisse eterna com o meu negrinho do cabelo pixaco no colo, passeando pelas ruas da cidade nas férias, brincando de família no verão. NO inverno a vida mais complicada, a rotina pesada e a intensa ligação que teríamos nunca acabaria, e ele, seria minha eterna paixão, a mais bonita e a mais intensa.
Abri mão de alguns vícios também. Deixei de me preocupar com o cabelo e com a estética. Engordei uns dois quilos e isso não me fez mal, pelo contrário, estou até mais sorridente. Mas me preocupo mais com a estética interior. Estou pensando bastante ultimamente, e nem choro, o que é um bom começo. Abrir mão do choro, esse foi um ótimo começo por sinal.
Para melhorar ainda mais, deixei para traz a menina boba e cheia de sonhos, acordei na velha realidade de sempre. Não que eu tenha deixado de sonhar, não, meus sonhos se comparam a minha preguiça, e pela quantidade que eu durmo, se os sonhos deixassem de fazer parte de mim eu já nem seria mais feliz, e eu sou, não é isso não, deixei de lado apenas os sonhos bobos, que imaginamos ter e viver. Sonho agora com coisas mais complicadas, que me fazem pensar quando acordo.
E para 2009, eu quero um pouco mais que isso ainda, quero realizar tudo o que eu desejo e no fim, sonhar e viver ainda mais.
Sonhos reais que me façam esquecer de todos os antigos sonhos, bons ou ruins, mas que me alegrem sempre no colorido das manhãs e na diversão das noites enluaradas.
2009 tem que ser o melhor de tudo, não só porque é o início de um fim que eu não gostaria de ter, mas porque ele tem tudo para ser o melhor ano da minha vida. E assim eu espero!

e até lá!

Raiva.

Acho que eu gostaría de ser aquele homem que queria atirar no Bush ontem.
Não sei o que aconteceu com ele dpois desse momento, mas o prazer que eu ia sentir se aquele sapato atingisse o rosto dele, ah como seria bom!
Pobre dele agora, que deve estar morto, cheio de formigas na boca. E a mídia escondendo tudo, nem sequer lembram do pobre coitado, nas palavras de jornalistas, "o homem foi levado para um lugar AINDA desconhecido". Ainda nada, vão abafar o caso e nunca mias ele aparecerá. ELe, um jornalista como todos os outros. Mas tudo bem velho parceiro de revolta, quem sabe ainda descubram que o uqe você fez não chega nem perto das que eles fizeram, e nesse dia, sua alma estará limpa e segura, e a deles? Pobre deles!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

O quanto é/não é difícil ser sozinho no mundo.
Paro pra pensar sempre que por razão ou outra me encontro sozinha mais que 24horas.

Tenho uma casa só pra mim.
Tenho uma casa que não fica bem só pra mim.

Tenho armários lotados e esbarrotados de espaço.
Armários pequenos e com muita falta de espaço até me atraem.

A cama é só minha.
Adoro dividir meu edredom.

Posso mudar de canal o quanto eu quiser.
Odeio ficar passando os canais.

Me esparramo no sofá e dele só saio quando quero.
Você sabe quanto dói as minhas costas ficar deitada tanto tempo?

Canto no chuveiro.
Converso na cozinha.

Choro no telefone.
Dou risadas na janela.

Como tudo que tenho vontade.
Que preguiça de cozinhar!


Acho que isso deve ser como amar. Uma hora você acha que encontra a pessoa certa, outra, já quer que ela suma da sua vida. Ficar sozinho até pode fazer bem, mas não para uma pessoa hiperativa como eu, nem para uma tagarela que não consegue ficar um dia sem conversar.
A partir de amanhã, conversarei com o porteiro, os ursos, banheiro, Fátima Bernardes e quem sabe com a minha alma, que mais que ninguém odeia esse silêncio. Não nasci para ser sozinha, ai de mim se um dia eu acabar assim.
Que me joguem no mar, assim, ao invés do silêncio da terra, escutarei o barulho dos peixinhos no mar!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Entre cadernos

(texto antigo, velho feito poeira)
"Depois de ter vivido o óbvio utópico,te beijar, e de ter brincado sobre a sinceridadee dizer quase tudo quanto fosse natural…Eu fui pra aí te ver, te dizer: Deixa ser, como será"
Ouvir música, pensar no tempo e dizer que nada mais será como antes. Os dias passam e cada vez mais os dias passam sem dor alguma. Uma saudade aqui, uma canção ali. É forte demais sentir amor e deixar ele ir embora sem correr atras, mas é amável demais ter a sensação de que perder é melhor que ganhar. Sair e correr parece não dar tempo ao tempo, acreditar que fechar os olhos é melhor que tirar a cortina que nos cerca e ver que la no fundo, bem no fundinho mesmo se ama, mas não se pode mais acreditar no que se recebe. Tem uma canção que me faz lembrar, que faz esquecer dos dias nublados e sem cor. Pensei que eles seriam eternos, mas não. Os dias se enxem de cor e o sabor da vida volta todos os dias de manhã. No sol da primavera, no calor do verão. O triste do inverno não faz mais parte daquele antigo passado que de tão doce fez o doce virar amargo. Conquistamos cada vez e desconquistamos mais ainda, ver e não enxergar que tudo ao seu redor é mais fácil, mais claro até parece um sonho dos mais antigos e nos mais antigos não resta nada a não ser poeira. Suja, volta e retorce tudo o que encontra, não tem o porquê de tudo existir algum dia. Tem momentos de raiva e de dor, mas o que mais marca é o momento de saudade do coração partido pros dias alegres que andei tendo. Noites emocionantes e a volta parece ser a pior coisa do mundo.
Os dias coloridos que encantam meus dias e que aumentam ainda mais o que eu quero pra toda vida. E o que eu quero pra toda vida são beijos doces, amargos, com sabor do pôr ou do nascer do sol. Quero ainda amigos divertidos e cheio de histórias pra contar. Um sabor doce de alegria no despertar e no descansar. Um sorriso feliz e a vida mais feliz ainda.
E o passado?
O passado é passado, e o que está por vir é melhor que o presente que eu ganho todos os dias.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

A pedidos

Sobre esse tal de blog? Essa moda deve pegar, e eu, ultimamente, ando muito vulnerável.

Conclusões que a gente só chega depois de um dia estranho até na cor. Enquanto o sol teimava em aparecer, a chuva insistia que hoje, o dia de glória era dela. Na dúvida, os dois apareceram juntos e enxarcaram meu dia. Antes fosse de felicidade.
E olha que eu tentei, mas de jeito nenhum o dia foi completo. Começando pela irritação matinal de ter que deixar o "lar doce laar" pra voltar para a mesmisse diária do presente. Começa também com o sorriso frouxo de uma mãe que cansou de tanto dar tchaus a tantos filhos que vem e voltam quase todos os dias, eu, mais que todos eles juntos, e eu também, que ultimamente só dou trabalho pra aquele olho verde. Juntou também a simpatia do bem humorado irmão, que as seis horas levantou com a pentelha caçula acordando-o para a levar para a rodoviária. Se estendeu até a rádio, que por causa da antena quebrada não sintonizava nenhuma onda.
Na chegada, o antigo "amor"(?) a deixa mais irritada do que todos os outros sinais de dor que poderiam existir. E essa parte da história está durando até o presente momento, onde de tanta raiva eu tenho vontade de explodir.
Uma noite bem dormida pode enfim salvar o resto do dia que pra mim, acabou assim que começou. E o que era pra ser um olá agradável, vai ser o grande desabafo/irritação/ódio do ano, quissá da vida toda.