quinta-feira, 21 de julho de 2011

Um dia cinza e verde

É oposto pensar em cinza e em verde. Geralmente o cinza representa algo ruim, escuro, sombrio. Já o verde, no auge de sua imponência, destoa de todos os outros nublados e se ergue em cor, cor de esperança, de renascimento.

Hoje é cinza e verde. A cortina é cinza, a parede verde.
O carro é cinza es-verdeado.
do alto do morro, as nuvens são cinzas, as casas verdes.
no topo das árvores, cinza, no seu entorno, verde.
A grama é verde, a pedra ao lado é cinza.
o sangue é verde, o teclado é cinza.

Não há amarelo do sol que mude esse tom cinza/verde.
Não há raio de luz que mude esse tom cinza/verde.
Não há sorriso amarelo que mude a áurea cinza/verde.

cinza, verde, verde, cinza, cinza, cinza, verde, cinza, verde, verde, verde.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

janelas

Tudo o que eu queria era uma janela, dessas que dá para ver o alto do céu e a fuga das estrelas pela noite. Eu sempre quis uma janela em cima da cama, de onde, deitada, eu pudesse contar cometas, estrelas cadentes e alguns sonhos também. Tudo que eu queria nessa janela, é que ela ficasse ali eternamente, sob a minha cabeça, debruçada em alguns papeis, juntando madeiras e construindo viagens. E enquanto não chover, a esperança da chegada da nova janela se completa em cada raio de sol, vindos com um vento de inverno que gela a mão, a alma e de vez ou outra o coração.