segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Conclusão- (ões).

De tanto assistir 10 coisas que eu odeio em você, no primeiro ano de faculdade eu elaborei uma lista:Dez coisas que aprendi por aqui. Lista simples, singela e de uma baboseira sem fim.... Achei muito divertido ler ela hoje cedo, enquanto eu arrumava em uma caixa todos os velhos papeis, e olha, a lista não foi nem de longe a coisa mais boboca que encontrei. Mas depois de lê-la, 'estive pensando' na forma mais gerundiando possível que 'estive encontrando', pensei numa nova lista, em ordem de 1 ao 4 ano, coisas pra lembrar pra vida inteira:
1- Eu não gosto de forró, e o abacaxi só lembra minha mãe pq ela faz o melhor abacaxi frito do universo, não que ela seja um abacaxi!
2 - Dormir muito da dor de cabeça, dormir no sol deixa um triangulo bronzeado no pescoço e dormir sem falar nada não tem graça.
3 - Não nasci pra matemática - e no caso economia.
4- comer em lugares considerados 'trashs' não fazem mal. Não nos outros, no meu estomago fazem.
5- Na República 'princesinhas do monaco', a única princesa de vdd era a marilda, e nesta mesma saga: 2 é bom, 3 é demais.
6- almoço de família podem não ter família, mas podem ser tão divertidos quanto.
7- Nunca ande sem capacete - policiais guarapuavanos são queridos, mas só qnd sua carteira de motorista é de SC e eles não conseguem localiza-la.
8- A melhor parte da festa, é ir ao pigalle. Pra mim, dormir no Pigalle.
9- Pagar 10 reais e beber Bohemia a tarde inteira? Onde mesmo? Com quem? Bora lá então!
10- Sentar na escada, 23h de um domingo, chorar e lembrar de tudo isso. É, eu sobrevivi, cresci e aprendi que nos sonhos de uma noite preguiçosa, esse lugarzim no meio de tudo e quase no fim do mundo me conquistou como quase nenhum outro, mas mais que isso, com quem convivi nesse tempo fez isso acontecer.


Estou melancólica com o fim. Estou tão melancólica que chorei ao abraçar uma criança hoje!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O último churrasco.

Em poucas horas vamos realizar o último churrasco da txurma. O ÚLTIMO!. (e isso vale um ponto de exclamação e outro final)
Acho que lembro muito bem ainda do primeiro dia de aula... Era uma quinta feira de carnaval e poucas pessoas estavam na sala. Nesta mesma quinta, me perdi na 'imensa' Unicentro, é, me perdi sim. Me falaram que minha sala era no bloco H, pois bem, la foi dona Renatinha atrás do tal dito cujo, e demorei, e demorei mais um pouco, e outro pouco até perceber que a minha sala ficava ao lado da cozinha, e só fui descobrir o H no bloco um mês depois das aulas terem começado...Passaram os estranhamentos de início, e nas semanas seguintes, os rostos ficavam mais conhecidos. Teve uma tal de Gincal que me fez andar por Guarapuava e começar a conhecer essa cidadezinha que agora tenho certeza que é grande demais pro meu conhecimento - nunca imaginei naquelas tardes ensolaradas andando pela XV o quão maior era os arredores guarapuavanis -. Foi na casa da Fran e da Cris a primeira 'reunião' de calouros. Fizemos bandeirolas, depois faixas e descobrimos velhos talentos, como o meu de comer ovo cru, o da Ádlia de comer pimenta e o da Drica de comer cebola - e foi o show de calouros mais surpreendende depois -, "Cris ainda bem que ela tem namorado, porque ela nunca mais vai conseguir ninguém aqui na universidade", exclamou a velha caumaria do sr Daniel de Almeida, o turrão e marrento amigo que eu gostei logo de cara. É, aquela velha semelhança de cidadezinhas próximas a Pato Branco, colégios iguais, amigos quase amigos e muita, mas muita colonisse. Depois de mais algum tempo perdemos integrantes da patota e ganhamos alguns mais.. Foi no dia em que a Sue decidiu sentar no fundão que tanto eu quanto o dani descobrimos uma japonesa loca de esperta - e essa sim em linguajar guarapuavanês. Não demorou muito e logo a Cris apareceu ali, sentada ao lado do Dani, atrás da japonesa e na minha diagonal. No fundo daqueles óculos meio retangulares e do cabelo mais bonito que já se viu por aqui que encontramos um algo mais daqueles dias... Na moradia em comum, comecei a conhecer o mistério de dona Francielli, aqueles olhos verdes nunca me enganaram, e eu sabia que ali deveria ter algo mais, um algo especial. Acho que demorou um pouco pra eu começar a sorrir com ela, mas lembro bem que foi ela quem me apelidou assim: Ôôô Renatinha do Abacaxi!!
Nem tinha chegado ao meio do ano e o fundão já era a parte mais divertida de viver. Mas o fundão não se restringia apenas ao JOrnalismo, a tal Publicidade me encantava na malandragem e carisma do EGS/M; O M de Milena, de companheira de sonecas, trabalhos e conversas noturnas. Era o Adolfo, que morava com o Gu, que conquistava minha parceria de tardes, e ai, logo depois não tivemos como resistir, chegava o segundo homem ao clã.
Foi sim, e isso eu lembro bem, no amigo da onça numero um que demos o primeiro passo pra amizades eternas e verdadeiras. Foi naquela noite, na casa da Neusa, ao som de Los Hermanos e na cabeça melancia atômica que conquistamos os sorrisos mais despreocupados.
Passou um ano e mais um, e outra belezura vinha até o cantinho.. Nas vindas e idas, e voltas e reviravoltas, a outra Suellen aparecia de muletas e com disposição de mudar o mundo. Na época, cansados de tanto telejornal, nos sobrava tempo ainda para tereres na porta das quitinetes, músic depois das onze e um toque especial de pierogues, madalenas, brócolis e panquecas. Almoços em família fizeram os meio dia do ano de 2008 nos deixaram com sensações de que estavamos em casa - e estávamos. Lá pelas bandas deste ano, depois de brigas, desbrigas, encontros e desencontros, são esses nomes que levo com mais apreço ao coração. Uns com mais e outros com menos saudade, mas sim, é de vocês que não esqueço jamais.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Despedida- Rubem Braga

Ao meio do último trabalho da faculdade, reservamos um momento 'croniquétis' pros aluninhos de amanhã. ;)

"E no meio dessa confusão alguém partiu sem se despedir; foi triste. Se houvesse uma despedida talvez fosse mais triste, talvez tenha sido melhor assim, uma separação como às vezes acontece em um baile de carnaval- uma pessoa se perde da outra, procura-a por um instante e depois adere a qualquer cordão. É melhor para os amantes pensar que a última vez que se encontraram se amaram muito - e depois apenas aconteceu que não se encontraram mais. Eles não se despediram, a vida é que os despediu, cada um para seu lado - sem glória nem humilhação.
Creio que será permitido guardar uma leve trsiteza, e também uma lembrança boa; que não será proibido confessar que às vezes se tem saudades; nem será odioso dizer que a separação ao mesmo tempo nos traz um inexplicável sentimento de alívio, e de sossego. e um indefinível remorso. e um recôndito despeito.
E que houve momentos perfeitos que passaram, mas não se perderam, porque ficaram em nossa vida; que a lembrança deles nos faz sentir maior a nossa solidão; mas que essa solidão ficou menos infeliz: que importa que uma estrela já esteja morta se ela ainda brilha no fundo de nossa noite e de nosso confuso sonho?
Talvez não mereçamos imaginar que haverá outros verões; se eles vierem, nós os receberemos obedientes como as cigarras e as paineiras - como flores e cantos. O inverno - te lembras - nos maltratou; não havia flores, não havia mar, e fomos sacudidos de um lado para outro como dois bonecos na mão de um titereteiro inábil.
Ah, talvez valesse a pena dizer que houve um telefonema que não pôde haver; entretanto, é possível que não adiantasse nada. Para que as explicações? Esqueçamos as pequenas coisas mortificantes; o silêncio torna tudo menos penoso; lembremos apenas as coisas douradas e digamos apenas a pequena palavra: adeus.
A pequena palavra que se alonga como um canto de cigarra perdido numa tarde de domingo".

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Nostalgia

Sexta feira Baudrillard me ensinou o doce sabor da não nostalgia. Li em seus maravilhosos trechos que nostálgicos são idiotas, e, eles realmente não sabem o que fazem. Senti que a minha velha nostalgia tinha que acabar, e até há uns minutinhos atrás ela tinha ido embora no meu sorriso mais divertido. Baboseira. Sorri pra não chorar. Exclamação de uma universitária indo embora do aconchego da amizade mais divertida e mais conveniente (esta fazendo uma careta feliz que me lembra tudo isso) .


É, são então nestes dias que dá saudade antes mesmo dela começar a existir.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

só pra constar

só pra constar que ando numa indecisão, que os caminhos andam meio confusos e que a expectativa de um e-mail anda mudando meus dias. Só pra constar que quero mudar, que quero algo mais e que a partir de alguns dias eu só quero esse algo mais.

Chega logo resposta, chega logo!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Descompasso. Desentoa. Desconfia.

Às vezes eu tenho uma vontade extrema de falar apenas Eu te amo. A simples frase que muda muita coisa em quem ouve, e normalmente em quem fala também, não me provoca calafrios e demais sensações estranhas. Apenas tenho vontade de gritar pra qualquer pessoa. Acredito que este falar em amar não seja o sentimento mais sublime, mais intenso que exista, acho que outras frases pra mim trariam muito mais efeito, teriam muito mais sentido. Certa vez ouvi a exclamação: Confio em você. E por motivo ou outro, isso me deu uma certeza maior que o amor. Podia até ser mentira a confiança depositada, e a recebida também, a decepção sim chegou sem tardar, mas realmente frases assim tem mais impacto do que a manjada eu te amo. Afinal, amar é mesmo amar do fundo do peito? Não acredito no amor intenso entre homem e mulher por exemplo, acredito no companheirismo, na confiança e no respeito, até na amizade, embora essa eu ainda duvide um pouco... mas amor, ah, amor não, amor é algo que se sente poucas vezes no mundo, se sente por pai, mãe e irmãos, e olhe lá ainda. Mas o gesto de dizer eu te amo não é como amar, e não é expressar sentimentos. Já vi muitos casais brigando e ao mesmo tempo se chamando de amor, como assim, há amor no meio de tantas palavras hostis e tanta desconfiança? Há amor onde não se há respeito? Pra mim, amar é diferente de dizer eu te amo, amar é sentir no fundo do peito e não precisar exclamar a nenhum dos mil ventos isso, amar é sentir e olhar no olho e ver que se sente e só. Nunca senti amor por alguém, e deve ser por isso que a frase tenha me cativado tanto, que eu tenha tanta vontade de falar, deve ser a vontade de sentir também, deve ser o desejo incontrolável de amar alguém e de ser amada como qualquer outro....

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Um conto pro coração guardar.

É fato que desde o dia em que escolhemos o tema eu sabia que ia ser difícil escutar o que viria pela frente. É fato também que desde o primeiro dia de filmagens o coração aperta o dia todo, e mais uma história pro coração ficar apertado e com vontade de gritar ao mundo "EIII, AQUI! TEM ALGUÉM PRECISANDO DE AJUDA!".


- Oi, Eva?
- Oi!
- Lembra da gente? Nos conhecemos la na ACOPECC...
- Sim.. Lembro..
- A gente pode filmar amanhã?
- Sim, venham depois das nove e meia que eu não acordo cedo!


Admito que achei que a entrevista não ia render... que apesar da história ser uma lição de vida, ia ser difícil arrancar alguma coisa dali.
Pois acordei cedo, pegamos as câmeras e bora gravar...
Dona Eva, seus 30 e poucos anos, 4 filhos - sendo um deles portador de necessidades especiais - viúva, sem mãe, família toda morando em Cantagalo. Sozinha em Guarapuava, desempregada até melhorar da doença, filhos com idade escolar entre os 15 e os 9 anos, ela, há dois anos e meio descobriu um câncer no útero e desde então luta contra ele. Já perdeu o cabelo, já perdeu casa, comida, roupa e emprego, mas nunca, em nenhum momento a esperança. Dona Eva, por incrível que pareça, se mostrou de um coração maior que do mundo... Depois ainda da descoberta do cancer, em uma das viagens à Cascavel para fazer tratamento, ladrões invadiram sua casa e levaram tudo, exatamente tudo, incluindo roupas, móveis etc. Sem absolutamente nada, fora a roupa do corpo, ela conseguiu ajuda e hoje mora em uma casa de 3 ambientes sem divisórias: Um quarto, uma cozinha com cama e uma sala com 2 sofás. Duas camas, uma de casal e uma de solteiro para cinco pessoas dormirem chegaram de doações, o resto da casa também chegou assim, e a única fonte de renda da família, que tenta o bolsa família há 8 anos é a doença do pequeno Luan - aproximadamente 460 reais gastos em comida, remédios, luz e água. Ele não tem vaga na APAE, a mais velha, Sandra, se vira como pode e aos 15 anos faz unhas da vizinhança para tirar uma renda extra. Eva, com fortes dores na barriga - ganhadas do câncer e depois da hidronefrose no rim - não pode trabalhar, tenta a todo custo não tirar do dinheiro de Luan a renda da família. Em sua única lágrima derramada, depois de 30 minutos de filmagens, ela falou a frase que Sandra exclamou em uma saída de ambulância : "Com o Luan no colo, ela exclamou: Vai mãe, e não se preocupe que tem quatro pessoas que te amam que ficam por aqui. Isso me deu forças pra lutar". No abraço da despedida quis sussurrar no ouvido dela que quando ela precisasse era pra falar, mas a voz não saiu. Quis então falar que ia ficar tudo bem, e isso deu certo, ela sorriu calmo e eu acredito agora que tudo vai ficar bem!
Sorte aos que ficam por lá, e ainda volto pra ver se tudo ficou como devería ficar!
E agora é só ela quem eu quero que fique bem... Boa Sorte a distância mais uma vez!

domingo, 1 de novembro de 2009

gato.



Com licença, se tem algo que ainda me da mais preguiça que estar em casa, é ver o Mel quando chego por aqui. Há uns 6 ou 7 anos ganhamos aquela pequena criatura que tinha medo de bolas, mãos e qualquer outro objeto ou afeto. O pequeninote só dormia no pescoço de quem deitasse na cama do lado da janela, e fazia questão de ronrronar a noite inteira. Quando grandinho, descobrimos que A Mel, havia se tornado O Mel, decepção gigantesca, mas sorte depois. Após muita sem vergonhisse e destruição no quintal de casa, muitas noites sem dormir ouvindo os berros do coitado atasanando alguma gata da redondeza, resolvemos castrar o bixo, e tirar os direitos do pobre exercer sua 'machidão'. Acho que ele adorou. Hoje em dia, o bixo mais preguiçoso que existe nesse universo não faz nada além de comer, dormir, comer e pedir cafuné. Não gosta de colo, muito menos de calor, o dengoso não está nem ai para quem gosta ou não dele. Todos os dias, às 17:30 corre para a farmácia ganhar carinho de quem estiver sentado no banco, e se não tiver ngm, se deita no piso gelado e espera ansioso alguém entrar. Ao ganhar carinhos e elogios do tipo: "nunca vi gato tão gordo!; Parece o Garfield!; Olha filha, vamos levar pra casa?", ele some como se tivesse ganhado o dia; já conquistou o territorio e agora só resta dormir novamente. Agora, levantei pra beber água e vi o sem vergonha entrando no quarto da minha mãe, que no momento está com o climatizador ligado nos 23º. Oh vida cruel deste bixano... A tarde tomou seu banho em temperatura morna, ganhou depilação na barriga e peito, e escova de sobremesa. Pra não ficar triste, minha mãe enxeu o pote de ração e o bandido comeu tudinho. Depois que a Mirrau morreu, ele anda meio tristonho por ai, mas do mesmo modo, não perde o carisma e a malandragem que da pra ver no rostinho safado do meleco. É, na próxima encarnação me façam gato, e de preferência gato como o daqui de casa, que pra ser mais parte da família só faltava mesmo falar...

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

E que saudade que vai dar


e que saudade que vai dar...
e que saudade que vai dar...
e que saudade que vai dar...
e que saudade que vai dar...
e que saudade que vai dar...
e que saudade que vai dar...
e que saudade que vai dar...
e que saudade que vai dar...
e que saudade que vai dar...

terça-feira, 27 de outubro de 2009

e que venha novembro

Percebi certa vez que dias são de sorte todos os anos, e dias azarados todos os anos também. Pra mim, dia dois de novembro por exemplo, é normalmente um dia depression, normalmente depois da volta do cemitério fico a pensar em tudo o que aconteceu na vida inteira, e como seria se os membros da familia ainda habitassem fora dos quadrados brancos, azuis e de mármore escuro. Já dia 13 de novembro, aniversário da gordinha, normalmente é dia de alegria, e sempre começa no dia 12 e vai até o dia 15, festa, festa e sorrisos animam a expectativa e o pós aniversário. Logo depois chega o dia 29 e o mundo parece ganhar mais cor, a mãe mais linda desse universo completa mais um ano de vida e eu adoro chegar em casa, comemorar e sentir o cheiro de torta de nozes saindo do forno preto...A indiferença por parte dela com relação a data faz todo mundo cair na gargalhada o dia todo. Mas um dia depois as coisas parecem ficar mais tristes ao lembrar da vó que fazia os calcanhares sujos ficarem tão macios com a 'pedra pome', e ainda a mesma pedra ser esfregada pelo resto do corpo fazendo o corpo sair vermelho da banheira que servia como chuveiro, pisando num tapete feito por ela mesma.. Passei muito pouco tempo com a vó paterna para ter mais lembranças fora essas, tenho alguns gostos guardados na memória ainda, como a da sopa de anholine, das lasanhas, tortéis e bolachas de chocolate..E o mês acaba ainda triste ao lembrar da prima que era gêmea de alma e fisionomia. NOvembro começa com tom de saudade e termina com melancolia, mas o meio tempo disto tudo é cheio de aniversários e alegrias que não deixam tudo acabar na tristeza. E agora pode chegar novembro, que eu já cansei de outubro!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O dia já começou estranho pq logo as quatro e meia da manhã, vizinha e filha discutiam incansavelmente na garagem. Foi uma gritaria que me acordou justo na hora em que eu havia finalmente conseguido dormir, depois de uma insônia que perdurou -e perdura ainda - minha cama desde a ultima segunda feira. Na segunda pensei que era o TCC. Na terça, a euforia. Na quarta a preocupação. Ontem, sabe-se la o pq. Cheguei a conclusão que era insônia então, e não nada dos outros motivos. Fiquei com medo de levantar e tomar um dramin e perder a aula que quase já reprovei por faltas. Pois bem, fiquei entre cochilos e pensamentos até as sete. Levantei, banho, comida, faculdade. Em ponto, eu e mais 4 chegamos pela primeira vez no ano. Nós e nada de professor. Nada até as oito e meia, nada até as nove, nada até as nove e meia. Ao quiosque a turma quase completa se divertia lembrndo dos quatro anos sentadas naqueles velhos banquinhos de madeira, para relembrar, fotografias e sorrisos divertidos, mas o que mais lembrou foi o berro: Da pra parar de falar, a gente ta em aula, por favor né! Caimos na gargalhada e fomos para casa. Na tentativa de dormir outra vez, o meu vizinho cowboy resovleu que hoje era um bom dia para se ouvir músicas altas e cheias de dores no coração. No cantar (in) delicaado, sua voz parecia atormentar ainda mais minha cabeça. Irritada, desisti do sono e fui a faxina. Nada pra fazer, e com muito sono pra continuar empolgada. Quando eu ia chegando ao trabalho, percebi intensa felicidade de todo mundo que cruzava meu caminho. Ganhei "bons dias", "boas tardes" e até algumas pedreiragens neste trajeto. ouvindo uma música lenta, cheguei a algumas conclusões, pensei um pouco a respeito. Ganhei elogios ao aparecer em 'rede nacional', ganhei broncas por estar sem dinheiro, ganhei mais sorrisos por gostarem de mim. E de fim termino aqui, indo a um teatro, escutar mpb em um dia que todo mundo resolveu sorrir, e pra não ficar de fora do barato, resolvi sorrir também. :) e viva a probabilidade de um futuro amanhã.

depression

"Quem sabe o que é ter e perder alguém?Sente a dor que eu senti
Quem sabe o que é ver quem se quer partir
E não ter pra onde ir
Faz tanta falta o teu amor...Te esperar...Não sei viver
Sem te ter não dá mais pra ser...Assim"
né?!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

oin

Quero uma cama gostosa de dormir e um travesseiro gostoso de deitar.
Quero um carona esperta pra sonhar e uma janela semi aberta com o medo estirado do lado de fora.
Quero um fim de tarde sorridente e uma vasta alegria pra viver.
Quero as manhãs mais ensolaradas e as noites mais repletas de estrelas.
Quero um desejo pra desejar e uma saudade pra matar...

Vontade de ir e de ficar, vontade de sair e de entrar.
Vale um desejo quem adivinhar! ;)

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Dois dias, dois dias!

Final de semana após 4 sem descanso, tirei folga da correria do trabalho e das perturbações momentâneas do fim de faculdade. Vi dois ou três filmes 'bobos' na televisão, que há tempos eu não sentava no velho sofá branco pra assistir... Depois de rir com uma sequência de seriados e desistir de tentar passar de canal, ainda consegui ler uma boa revista e tirar conclusões sobre um ensaio filosófico apresentado na aula de sexta. Adiantei alguns trabalhos e em pleno domingo, quase dez e meia já estava de pijama tentando dormir. Virei e baguncei os lençóis, desisti do cobertor e enfim descobri o que me encomodava: a falta do que fazer! Sorri ao som de uma nova música e acordei de bom humor...

Corri até a "oncoclin" e me deparei com histórias de cortar o coração. Fechei o riso e pensei o dia todo num nome que me comovera só pelo sorriso: Damaris. Hoje,depois de alguns meses de quimioterapia, depois de tirar o útero e mais vezes na sala de quimio, ela sorria e me contava que o ralo cabelo, que nascera após a cirurgia ia ser arrancado outra vez. Pensei o dia todo no sorriso mais bonito que encontramos lá, um sorriso de 20 anos, assim como o meu, mas que tinha passado por muito mais coisas que eu podia imaginar. Pude ver nos olhos dela a tristeza de menina ao perder o cabelo, e a de mulher por perder o útero. Não chorei porque ela sorria espontâneamente por estar quase no fim do tratamento. Depois disso, passei o dia todo imaginando a que horas seria o fim dos cachinhos que nasciam timidamente... Foi de arrepiar corpo, coração e a alma. Foi de tirar o fôlego quantas horas passei me colocando no lugar dela, e pensando que a falt do que fazer no domingo deve ter sido maior ou mais intensa no dela, a esperar pelas últimas etapas da quimio. Não quero mais reclamar de nada, de nada! Quero que o sorriso dela ilumine tanto outras pessoas como iluminou meu dia. Boa sorte pra ela!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

inútil

Era perto das duas da manhã, na verdade perto da uma e meia, meu celular fez eu dar um pulo da cama.. já faziam algumas horas que eu dormia quentinha embaixo de 3 cobertores (é, a noite guarapuavana não deu moleza essa semana), quando de repente, a música alta, forte e numa batida tão estridente fez eu me assustar e meu coração desparar até a boca. Era um número 'desconhecido' como meu celular traduziu, certo alguém resolveu me intrigar a noite inteira, com uma ligação privada, que quando atendi não ouvi nada além de uma respiração forte e um tu tu tu no final. Pode até ter sido sonho a respiraçaõ forte, mas isso não vem ao caso... Decidi, naquele momento mudar o toque do meu celular, sabe-se lá porque eu insistia em ouvir uma música tão alta como toque para 'desconhecidos', achei tão impróprio acordar com tamanha gritaria no meu tão solitário quarto. Agora esqueci, lembrei vagamente dos sonhos com quem seria o 'desconhecido ou desconhecida' da madrugada, pensei em tanta coisa no período em que fiquei de insonia e entre este meio tempo matutei pra chegar a conclusão que se fosse realmente importante ligaria de novo certo!? E não foi importante, e a curiosidade foi tamanha em saber porque alguém me ligaria a uma e meia da manha, não falaria nada, de um número restrito e nõa ligaria de novo pra saber se eu fiquei curiosa ou não. Pois bem, fiquei. E agora? Agora de marrentice e teimosia já nem quero mais saber.
TExto inútil, que me fez fazer apenas uma coisa. Mudar o toque do meu celular. Pelo menos se o 'desconhecido' voltar a ligar, não acordo com o coração na boca!
"Well open up your mind and see like me
Open up your plans and damn you're free
Look into your heart and you
'll find love love love
Listen to the music of the moment maybe sing with me
I like peaceful melody
Its your godforsaken right to be loved love loved love love"

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

futuro.

eu já sonhei em ser doutora. era uma dermatologista de sucesso. lembro até que esse sonho tive embaixo de uma cama, em uma de minhas marrentices infanto-junvenis. Logo decidi mudar e virar engenheira, engenheira florestal, uma boa parte para agradar o pai, outra grande parte por não ter noção alguma de que em engenharia se estuda matemática, besteirolas de uma cabeça de adolescente revoltada sem causa. Larguei as profissoões de sucesso e de futuro e decidi que queria fazer história... seguir o caminho das licenciaturas da minha avó e dar aulas para os pequeninotes que passariam por uma escola de uma cidade qualquer. Essa idéia não saiu por conta de mim, saiu por pressão psicológica do meu pai. Da minha irmã vieram as palavras jornalismo e a vontade de estudar qulaquer coisa que pudesse me levar a algum lugar.

Se antes eu sonhava em ser doutora, engenheira ou jornalista, hoje ando sonhando só comigo mais feliz do que fui em todos esses sonhos...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Som na caixa

Iaiá, se eu peco é na vontade...

e hoje é só. ;)

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Chuvinha

Ontem, após muitos dias de sol e calor, a velha chuva voltou a cair, e enquanto eu observava pela janela do trabalho como ela caia forte sobre o chão, achei graça nas pessoas correndo ainda vestidas de verão. Logo que a chuva começou senti aquele cheirinho de chuva mesmo, e lembrei das tantas vezes que minha maãe falava: não!, e que mesmo assim eu e minhas irmãs corriamos até a frente da farmácia e chutavamos a água uma na outra, molhando o mesmo uniforme, os cabelos e deixando que aquela agua gelada enxarcasse todo o cabelo. Uma vontade absurda de sentir aquela sensaçao voltou ao meu querer... Tenho aquela imagem na cabeça sempre que chove, os primeiros pingos, a farmácia, a rua bem diferente do que é hoje - um canteiro cheio de árvores e umas flores rosas entre elas - mas é a mesma velha cidade com os mesmos rostos que ainda vejo quando apareço por lá. Brincar naquelas poças d'água parecia ser a coisa mais divertida da infância, e não eramos nós apenas a brincar por lá, lembro que reuniamos em uma porção de crianças e pulávamos até escurecer. Ontem tentei procurar alguém que se satisfazia com um banho de chuva e não vi rostos alegres ou tranquilos, vi inclusive alguns rancorosos por aquela chuva ter caido do jeito e na hora em que caiu. Entristeci e meu dia se fechou. Hoje, acordei na madrugada umas quatro vezes ao som de raios e trovões, desesperada, me enfiei embaixo das cobertas e ouvi a chuva bater com força na janela... Quando acordei, olhei para fora e a tempestade havia acalmado e o coração também. Apesar dos dias chuvosos serem mais cinzas que os ensolarados, ainda gosto da sensação que os pingos trazem pra minha vida. Um dia de chuva pode ser também um dia de sol, e vice-versa, e nas gotas que cairam ontem e hoje por aqui, espero que alguma criança tenha se divertido nas poças e que tenha sentido o sabor gostoso que e abrir a boca e deixar a chuva entrar molhando todo o céu...

domingo, 30 de agosto de 2009

Um novo sorriso

Ao som de qualquer música que me faça sorrir eu consigo enxergar mais longe. Nessas ideias malucas que tenho dia sim, dia não, escuto qualquer tipo de riso e já contagio meu dia... Sempre, ou melhor, quase sempre o bom humor faz parte das minhas manhãs, sejam elas ensolaradas ou chuvosas, mas ultimamente o sorriso não me deixa nem depois do almoço, na hora da coxilada batuta que faz um bem que nem sei explicar, assim como não sei explicar porque de umtempo pra ca meu travesseiro ganhou outro cheiro, um cheiro tão gostoso que me fez deixar de lado os dois ursos do quarto e dormir abraçada só com ele. Talvez tenha o mesmo cheiro que algumas de minhas roupas, principalmente o pijama, porque eu o tiro e sinto ainda o sabor doce de lembranças que como a música fazem o sorriso aparecer ainda mais contagiante. Há algum tempo que esse mesmo perfume ficou no meu quarto e na chegada de um dia de trabalho faz o sorriso voltar de onde nunca devia ter saido. É um cheiro que eu ainda não conhecia, uma mistura de doce com um pouco de labios cerrados, um jeito meio malandro e uma brincadeira que começa e termina sempre com guerra de travesseiros ou lutas cheias de cocegas que de tanto sorrir acabam doendo a pança da velha gordinha... Esse perfume intriga pensamentos e deixa a mente ocupada com absurda felicidade, com tamanha vontade de sorrir e com a malandragem de olhares perdidos pelos cantos desse lugarzinho. Confidências que aparecem em noites incomuns, e que acordam com um alarme de música calma mas que não deixam de jeito nenhum o sono ir embora, mesmo sono que não vai embora quando de repente, as quatro da manha outro tipo de música toca do nada, e deixa a madrugada colorida também, algumas vezes até aas manhãs ainda diferentes. O perfume que sinto é o cheiro mais gostoso que já desejei sentir, é uma mistura de tudo ainda muito bem, de ter mudado os desejos de alguém que há dez anos eu não chegaria perto e certamente, a reciproca seria a mesma. O mesmo que há uns quatro anos atrás eu olharia e veria apenas ohos bonitos e sorriso completo, e que hoje, sei lá porque faz parte da rotina diária.

(...) um sorriso que há muitos anos queria sair daqui, e um olhar tão feliz que é complicado ainda disfarçar!

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Viagem

Há alguns quilômetros daqui percebi coisas pela janela de um carro vermelho que nunca havia percebido. Vi debaixo dos meus olhos alguns olhares tão cansados que faziam pesar a alma. Uns poucos sorrisos escondidos atrás de vendinhas e uma grande estrada cortando a avenida. Passei dias na mesma posição e no espaço em que eu não conseguia observar ninguém tentava observar a mim mesma. Vi, pelo retrovisor do carro como sonhos passam diante da gente sem percebemos, como tudo acontece tão rápido, e nas conversas estranhas entre duas velhas conhecidas vi o quanto se muda dia após dia. O que aprendi foi que naqueles sorrisos mais cansados que via sob um sol escaldante, é que tudo o que se faz tem um objetivo, e nesses objetivos incertos, alguns tem uma certeza gigante que não tem valor algum e outros, que o valor que possuem é alto demais. “E nessa espera o mundo gira e minha história...”.


Texto confuso, assim como uma cabeça pensante num dia de chuva, nublado e que não sei porque deixou o mundo inteiro estranho... Dificil mesmo foi aparecer um sorriso.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Palavras

As que já tanto me ajudaram hoje faltaram pra eu tentar ajudar alguém... Queria expressar ali,naquela mensagem que a força pode vir através dos pequenos gestos, mas não consegui mandar a força que eu queria... Dia triste que acorda com o sol que seca rapidinho as lágrimas que cairam no chão da areia do parquinho, que hoje estava vazio, apesar das férias forçadas da molecada. Agora resta esperar que o destino de a eles um futuro igualzin ao que eu tenho aqui do lado, ao que eu tenho de exemplo. E eu só queria dar a força deste exemplo pra que elees consigam também.
Beijo grande de saudade.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Férias Perdidas(?)

Há alguns anos eu acreditei que passar minhas tão preciosas férias em Guarapuava era o fim do mundo. Na verdade, pensava que era um colapso tão grande que nem queria imaginar.. Como se o universo se destruisse se eu ficasse um dia a mais aqui. O tempo passou e eu continuava a ter essa visão, até esse ano chegar. Passar os dias aqui parece um alivio pra alma, não que a cidade mais doce que chocolate tenha perdido o encanto, mas acho que aqui ganhou um novo sabor também. Talvez seja só uma fuga incansaável do futuro, acredito que na hora em que eu terminar meu curso, se me faltarem opções, é pra casa dos pais que terei que voltar - futuro semelhante ao presente dos meus irmãos -; talvez também pela busca interminável de encontrar respostas pro meu presente, que todo dia muda de tom. Sei, depois de procurar tantas respostas pra esta minha estadia aqui, que férias na cidade gelada não tem tanta diferença dos dias normais... Pessoas diferentes nas ruas fazem parte da rotina, mas depois de 4 anos por aqui, encontro ainda alguns rostos coloridos caminhando pela velha XV de novembro. Acho que me apaixonei pela cidade que não queria chegar, que não quis voltar várias vezes... pode ser o frio, pode ser que sim, pode ser que não. O que importa é que aqui o tcc anda, e a rotina de farmácia - sofá - pão com alface, requeijão e tomate - sacada solitária com a velha cerveja e amendoins termina, e da uma nova cara as férias que começaram com um calor de 35º em Iaciara-GO, e fica perto dos 4º por aqui!

terça-feira, 7 de julho de 2009

Sentimentos..

Tem coisas que a gente sente e sabe-se la porque sente, apenas sente. Um dia quente, sentimos calor, isto é inevitável, é como sentir frio em Guarpuava, uma hora ou outra vc vai sentir! (hehe). Sentir calafrios quando a boca chega ao pescoço já é algo mais intimo, mais discreto e mais propício a ambientes reservados. Gostar de alguém logo de cara é dificil, porque o gostar vem muito mais de convivio, muito mais de conversa e sorrisos. Ver alguém e já gostar é mais complicado, não há sentimento onde você não tem intimidade, onde você não conhece o outro...


O sentimento que tive quando olhei esse doce de menina foi um só: paixão. Os olhos meio baixos e um tanto quanto cansados de um sol que cortava o que sobrava da terra, o sorriso meigo que só foi aparecendo aos pouquinhos e um jeito de falar que conquistou minha alma fizeram dela a alegria e a recompensa por dias de sofrimento e de indignaçao e revolta. Natália, ali, com seu vestido rosa e tranças miudas no cabelo fizeram a alegria do dia que parecia ter nascido errado, na hora e lugares errados. Uma decepção atras da outra, em seguida, mudam o dia quando vejo a foto dela, quando olho que por traz dos olhos grandes e da boca farta de sorrisos se esconde uma doce garota que vai crescer e morrer como sua avó. No mesmo mundinho quente e seco do sertão de Goiás... Mas apesar disto, a doçura de um conjunto de ações já mudaram minha vida, já fizeram com que o propósito que eu estivesse aqui se cumprisse, se tornasse uma realidade. Ela mudou algo em mim, algo no meu sentimento, e o que eu mais queria hoje, era mudar algo no dela!


Sentimentos estranhos perpetuam cabeça e coração.. cabeça vazia, coração com um tanto de saudade e um pouco de preocupações desnecessárias. Hoje eu queria um abraço e um sorriso doce pra terminar o dia que começou mal, passou ao bem extremo e termina assim, na solidão de um alojamento escuro cheio de pernilongos e lagartixas.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Textos melancólicos já chamaram mais minha atenção. Comecei há algum tempo a ler crônicas que me fazem enxer os olhos com lágrimas de alegria. Eis que ontem encontro uma a minha 'imagem e semelhança'.. Falando de paixões e desejos, o autor me fez pensar que era eu ali, no lugar daquela jovem (?) moça. Com um final trágico, eu ri. Ri ainda mais forte quando a janela do vizinho quebrara com o vento. Tirei o medo das costas e abri a janela do quarto no escuro. Ali, olhando para aquela chuva que insistiu em durar a noite inteira, abandonei o medo dos trovões pra rir da vida passando pelos meus olhos.

Esta semana, estou embarcando pro Rondon. Que lá, eu encontre sorrisos coloridos para que eu ria ainda mais de tudo isso

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Verdade

Verdades se escondem atras de mentiras. Mas mentiras normalmente são verdades sonhadas, desejadas. Minha verdade hoje foi, nas minhas próprias palavras, a sinceridade. E quando não se quer ouvir uma verdade, parece que fechamos os ouvidos para o resto que se escuta... Uma unica cois é ouvida, e aquilo, a partir de então, passa a ser verdade. Minha verdade é o que eu queria que fosse verdade pra todo mundo. Minha verdade realmente foi uma verdade, mas a mentira do passado tornou a minha erdadade uma amarga mentira nos ouvidos alheios. A sinceridade está nos fatos, mas fatos as vezes enganam, e hoje, os fatos me incriminaram sem eu ter feito crime algum. E que algum dia essa verdade seja provada e que ninguém mais duvide disso. ;/

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Esse friozim..

Eis que ontem a noite começo a sentir finalmente o sabor do inverno guarapuavano por mais um ano...E o que eu acho de tudo isso? MARAVILHOSO.
Reclamei no inicio, lógicamente, mas agora, finalzinho de tarde estou pensando só no meu sofá e nas minhas cobertas, que me acompanharão pela madrugada durante o tcc. Tem muita gente que fala que inverno só serve para isos mesmo, para os cobertores e chá quente, eu acredito que ele vai muito mais longe uqe isso. Tem o lado do chocolate quente, da sopa de anholine, do nescau quentinho de manhã, dos banhos mais demorados de todos os tempos, do abraço no amigo que no verã oficou distante o tempo todo - talvez pelo suor, talvez pelo clima. No meu ver, inverno tem sabor de paixão e um gostinho delicioso de chocolate, no meu entender, inverno lembra a mais gostosa companhia e o mais delicioso odor de saudade.

E que este ano a neve chegue por aqui, pois não há de existir coisa mais bonita que abrir a boca e sentir o gostinho gelado que cai do céu. Apaixonante ou não, esse inverno promete um sabor especial, o sabor do possível ultimo inverno na cidade que me abrigou 4 anos.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Meu faz de conta

Parece um sonho real começando e retornando a viver. Palavras meio desencontradas parecem se encontrar bem pra lá das outras bandas, e o que era bom começa a ter um sentido novo, e um gostinho, sabe-se la porque de quero mais. Passam os dias, passam as horas, passam todos e ninguém tambem passa. Fica o que fica e sobra o que restou.. e vem pra perto que é assim que o dia começa e termina. Começa com o nascer e termina com o pôr do sol, e nesse meio tempo eu rio de tudo.
;)

poemas começam assim, com frases soltas que quando são apenas ditas morrem ao vento, e que quando escritas, perduram a eternidade do coração!

terça-feira, 28 de abril de 2009

acrofobia

quando me pediam poruqe eu não descia do escorregador da piscina e eu falava qualquer outra coisa que não fosse medo, já achava isso ridiculo. Depois de superados alguns traumas, cheguei a conclusão que alturas não são paara mim. Estamos nós fazendo fotos para o tal Ágora e eis que surge a OPORTUNIDADE de irmos até o alto da catedral guarapuavana. No primeiro andar tudo beleza, os vidros para fora fechados e a missa logo abaio não me intiidaram.. Já na primeira foto uma leve tontura que deixou minhas pernas bambas e as mãos meio tremendo... Tentei ser forte mas lgoo desisti..Passei a câmera ao colega e continuei a olhar fixamente para os objetos e alguns detalhes no chão, de onde eu via meus pés...Em seguida, fomos convidados a subir mais um andar, e foi lá que definitivamente exclamei: Isso não é pra mim!não mesmo!. Equanto o Adolfo tirava fotos pertinho da janela, lá do alto - fotos maravilhosas dquele angulo - eu tremia nas bases encostada no fundo da parede, e não entendia o porque aquilo me fazia tão mal, e como aqiulo ainda iria me prejudicar..tentei largar mão de besteira mas não consegui, e ontem, ao chegar em casa descobri o nome pelo qual eu temia desde meus 4 anos: ACROFOBIA. E mal sabia eu, que este nome maldito era minha perdição. E como diria um velho poema que lembro sempre nestas horas: Sorte ou azar, só o tempo dirá!

e só pra ressaltar, apesar de ter crescido vários centímeotros, o velho escorregador ainda é sinõnimo de panico nas tardes ensolaradas do Bela Vista Clube de Campo.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

certeza

Lá pras bandas do outro mundo deve existir em carne e osso alguém que nunca tenha tido incertezas. Lá 'praqueles' lados pode sim ter alguém que não queira nada do que a gente quer, e que talvez tenha sempre tido a realidade nas mãos. E a pergunta que fica na cabeça de muita gente é se no fundinho isso pode ser uma certeza. Se ter a certeza de que não se tem incertezas pode ser a mais pura realidade dos fatos. Perceber então que o coração manda mais que a razão - e só manda porque a gente obedece - é perceber que não se tem motivos pra fingir uma realidade absoluta já que o absoluto é incerto - esse no meu ponto de vista. Ai para-se e escolhe entre o certo e o duvidoso, normalmente o certo, dificilmente o duvidoso, mas o coração, o teimoso e cansativo coração quer mais que tudo o duvidoso, e resolve, de uma hora para a outra que o certo já não é o bastante, que o que era comum não é mais o que se quer, e de repente, num passe de mágicas o passado vira passado e o presente futuro. Pare com pensamentos bobos, tolos e cansativos. Pare com a vida passada diante dos seus olhos e observe que no fundo, nem sempre no fundinho, o coração tem razão de ter as certezas mais incertas de todas, e que assim seja por enquanto, porque hoje é só isso que basta.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Acabei de receber a notícia que esta semana recuperarei meu sotaque carregado para uma entrevista. Meus quase 9 anos de estudo da língua que sempre sonhei em falar e que depois do diploma na mão eu nunca mais ousei em tentar me comunicar vão ter que reaparecer como num passe de mágicas! Meu intercâmbio tão sonhado nunca se concretizou e a fala também pareceu desaparecer com ele. Eis que surge a primeira oportunidade de 'afiar' meu sonho e agora, estou já pensando em como vai ser.. Sabe como quando você espera o primeiro dia de aula ,sonhando acordado, dando frio na barriga e tudo.
Pois bem, essa semana recupero o velho e enferrujado italiano e tento novamente reaprender os velhos sonhos de la bella e dolce Italia

quarta-feira, 25 de março de 2009

Futebol

Quando eu era criança, minha paixão, além das corridas de fórmula 1, dos programas às 6 da manhã rurais e da velha cidade pacata ao lado da minha, que era um pouco menos pacata, era aquele sonho de todos os meninos deste velho país, o Futebol. Eu jogava segunda, quarta, sexta, sábado e domingo, e isso me fazia muito feliz.Além ainda de jogar, acompanhava desesperadamente campeonatos regionais, estaduais e brasileiros, e se o Santos não ganhasse, como era de costume, meu mundo caia.
Fui abandonando as velhas paixões com o tempo, a primeira foi os programas rurais, não conseguia manter o pique no domingo acordando tão cedo. Parei então as corridas de fórmula 1 porque o Rubinho não me dava as mesmas alegrias do Senna, e depois da morte dele, acho que desisti também de pilotar um daqueles voadores. Junto com as idas pra velha cidade pacata,parei o futebol. Com dores no joelho e uma forte pressão da família, que no fundo eu sei que acreditava que eu nunca viraria uma 'mulher'. Aquele estilo despojado, com as calças sempre rasgadas e dedos, punhos, obros, tornozelos e joelhos sempre em pedaços não agradava nem meu pai, muito menos minha mãe, mas quem realmente reclamava era o restante da família, que sentia um certo receio sobre o que seria de mim, eu ainda acredito que eles esperavam o lesbianismo. Depois do joelho contundido, das provas de vestibular e do namorado insistirem na minha mudança, portanto, mudei. Comecei a tal faculdade com a intensão ainda de ser uma excelente jornalista esportiva, e embora isso fosse desejo, esqueci porque na sala já tinha alguém que se dedicava a isso, e a concorrência naquele momento não me atraiu nem um pouco. Passados três anos então, eis que me surge uma novidade, passo então, a partir deste novo ano a cobrir todos os jogos de futsal do time da cidade. NO começo tive receio, não sabia mais direito as regras, mas ali, quando entrei em campo minhas pernas voltaraam a tremer como tremiam nos primeiros campeonatos que joguei. Insisti em ter essa pauta sempre na exclusividade, gosto de 'brincar' com a linguagem 'despojada' dos jogadores, e por mais que eles sempre deem a mesma resposta, ainda prefiro conviver com eles do que com velhos intelectuais.
Numa quadra, além de mim, mais duas repórteres do sexo feminino estavam ali..muito menos do que os vários homens ali presentes, mas convenhamos, uma grande mudança. Antigamente, e disso eu lembro bem, pensavam que mulheres no esporte eram como 'bobagem e burrice', acredito que as coisas estejam mudando... Acho inclusive, que na hhora do lateral, quando literalmente a bunda do jogador se virou para mim, o locutor que estava ao meu lado deve ter pensado que eu olhava a bunda, ele estava enganado, porque diferente de homens, bundas não me atraem, naquele momento pensava eu em o porque do nome do patrocinador estar na bunda? Isso não é estranho afinal?
Não sei bem se o meu futuro é base do meu passado e se o velho futebol vai voltar a ser minha mais grande paixão, sei, hoje em dia, que o que eu tenho aprendido a gostar em televisão é isso: uma partida de futsal, bem jogada, bem disputada e cheia de gritos de torcida e algumas interrupções para tentar entender o passado, presente e futuro.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Crise jornalistica

Primeiro fechamento de Ágora tinha tudo pra dar errado. Matérias caindo, subindo, despencando a ladeira. Os prazos estabelecidos no primeiro dia de aula só funcionaram na tabelhinha grudada no quadro branco repleto de recados entre : jornal A e jornal B. No A, confesso, muito mais recadinhos do que o do outro lado, talvez pela turma ser um pouco maior (11 a 7 na contagem), ou até por eu gostar mesmo de escrever, sim, coube a minha pessoa a função de diretora do primeiro jornal. Na primeira reunião de pauta, fotos e sorrisos estampavam a sala com janelas para o corredor, ao redor da mesa grande e que apesar de grande não caber todo mundo nela. A aula terminou logo ao meio dia, e o stress começou ali, naquele mesmo instante. Todo mudno correndo, todo mundo a toda pra conseguir cumprir os prazos. Tinham entrevistas importantes, como com o grande Maluf, tinham grandes ideais, como conseguir finalmente nosso papel jornal. E nos sonhos destas duas semanas, encontramos a corrupção diária que nos obrigou a não fazer mais do que nossa obrigação, fechar o jornal duas semanas após seu começo. A dificuldade até nem foi tão grande, contando que não conseguimos nem Maluf nem nosso papel jornal. Mas no fim das contas, conseguimos muito mais que isso. Conseguimos com que 2 matérias ficassem sem entrar por falta de espaço; conseguimos entrevistas exclusivas; conseguimos mudar tudo o que já tinhamos criticado até hoje; conseguimos fazer uma edição sem brigas, só stress; conseguimos fazer da união a dita cuja FORÇA!; conseguimos hoje, sexta feira, dia 20 de março, fechar nosso primeiro jornal laboratório experimental.
É isso ai, o fim então parece mais um novo começo, e agora josé?Agora, Ágora pra mim é da batata! E que venham então os pepinos!:)

quarta-feira, 18 de março de 2009

falta.

Ai que falta eu sinto.
Ai que saudade que vivo.
Ai que amargura que insiste e persiste.


Já sentiu vontade de gritar: MÃÃÃEEEE, QUERO VC?

Já sentiu vontade de gritar: PAIIIIII, CADÊ VC?

saudade da família é um 'troço' que dói mais que tiro certeiro... que dói mais que dia de domingo. que só de doer faz tudo ficar escuro, mesmo o sol estando ali, de prontidão. Eita terrinha que tenho saudade. ;/

quarta-feira, 11 de março de 2009

E?

Porque acreditar que tudo vai se resolver se não vai.
Pq ver se o que se quer ver não vai aparecer.
Pq tentar entender se nada pode ser entendido.
Pq mostrar meus sentimentos se eu quero esconde-los.
Pq adiar o coração, se ele quer sentir agora.
Pq tornar tudo mais fácil é tão complicado.
Pq sair se eu quero mais é entrar.
pq entrar se eu quero sair.

Pq eu não entendo o que quero explicar, pq não consigo fazer meus sentimentos aparecerem e fazer o dificil ficar fácil, e a demora que tem de entender o que eu quero tem que ser mais dificil que escolher entre entrar e sair?

terça-feira, 10 de março de 2009

Dificil ou fácil?

E o momento de crise começou, abram as portas pra ela que não para mais de bombar novidades. Uma crise até que do ponto de vista positivo, não poderia estar melhor. Falo da crise mundial, mas falo tbm da crise pessoal. Crise de tempo. Crise de dinheiro. Crise de lazer. Crise de idéias inteligentes. Crise de criatividade. Crise de romance. Crise de um aperto no fundo do peito. Crise de saudade. Crisede choro. Crise de música. Crise de vergonha. Crise de respeito. Crise de ligações. Crise de contas. Crise de água. Crise de brigas. Crise de humor. Crise de hipocondríaca. Crise de família. Crise de luxo. Crise de personalidade. Crise de divisão. Crise de emoções.

Só que no meio de tanta crise, meu sorriso não para de sair do rosto, porque descubro a cada dia que nunca fui tão feliz como sou hoje, nunca tive tantos motivos pra sorrir como hoje, e nunca, nunca mesmo quis ser tão feliz como sou hoje.
" (...)"Tanto faz" não satisfaz o que preciso, Além do mais quem busca nunca é indeciso Eu busquei quem sou Você pra mim mostrou Que eu não sou sozinha nesse mundo. " (Teatro Mágico - Cuida de Mim)

e vai pra longe que agora sei que não sozinha nesse mundo, nem que sou, nem que vou ficar!
;)

segunda-feira, 9 de março de 2009

Um dia de Revolta

Sempre fui meio 'esquentadinha', sabe-se lá se é pela genética do pai ou até mesmo por birra minha, mas no final das contas mesmo, o que é de verdade é que eu não levo desaforo pra casa, nem desaforo, nem nada que não seja a favor das minhas idéias e até mesmo 'ideologias'. Passou muito tempo já desde que eu briguei pela primeira vez, desde a primeira vez que lutei para que a minha idéia fosse a final. Ganhei muitas lutas, e quem sabe acho que perdi muitas mais, mas no final das contas, nem lembro mais das batalhas. Lembro sim das mais gloriosas, das mais lutadas, das mais guerreadas, e nas que eu particularmente prefiro até mesmo esquecer - e de tanto tentar esquecer ainda lembro. O que quero dizer na verdade é que meu fundinho crítico, meio de adolescente revoltada tinha desaparecido dos meus pensamentos, das minhas idéias de um dia ainda fazer do mundo um lugar mais inteligente, pois é, inteligente, porque na maioria das minhas brigas faço o mundo entender que aqui, onde vivemos, sobrevivem somente os mais espertos, e de verdade, minha indignação é tamanha quando não sou entendida, ou quando a minha briga é com alguém que insiste em não ser esperto. Não estou querendo dizer que sou mais esperta que qualquer outra pessoa, não é isso, mas por favor, pedir pra ser burro não é o meu forte. Depois de quase quatro anos em uma Universidade porém, aprendi a respeitar muito mais a opinião de quem está do meu lado, deixei inclusive muitas vezes de exclamar minha opinião por não querer briga com ninguém, por inclusive achar que ela estava completamente errada ao lado de quem falava ( e é aí que entra a minha certeza de que não estou querendo achar que sou a pessoa mias esperta do mundo, nem a mais inteligente etc...). Tudo porém mudou hoje em uma aula corriqueira de segunda feira. O xerox que não conseguia imprimir um trablaho que nem era meu, e que hoje apareceu com um sorriso que a tempos eu não via, que até sentia saudade. Veio em seguida com um pedido da reitoria, que cancelado e que me fez continuar na aula que desde o primeiro segundo eu não gostei. Veio com a revolta de achar que somos todos idiotas e que ainda estamos no primário, com uma discussão que do outro lado só vinha com perguntas sem sentido, sem entender sequer os nossos argumentos. E não eram só meus não, eram NOSSOS, com 3 esses, na verdade, com quase 20 esses. Foi ali, no meio da confusão, da loucura de acreditar que ssiiim, o mundo é feito para os espertos que me dei conta do que estava fazendo da vida... Não desistimos da batalha, até porque essa guerra já é nossa, e no nosso mundinho aqui, descobrimos que lutar pelo que a gente quer também pode ser uma guerra interessante.
E de agora em diante, chegar no horário está proibido!

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Guarda-chuva

Abre e fecha.
As cores diversas fazem a forma parecida estar nos céus visto mais bonito.
dobra e desdobra.
Faz um estilo virar até mais forte do que já é.
Muda conforme o tempo.
Muda conforme a idade.
Muda conforme o dia.

Abra e feche.
Mude e transforme seu dia
Deixe que a chuva caia e que os respingos molhem seus pés.
Faça do último pingo a gota que faltava no seu rosto.

E quando tudo estiver ali, parado, feche os olhos e sinta o doce sabor da chuva.
Ela cai mesmo que você não queira.
Ela não pára mesmo que você implore.
Ela molha mesmo qeu você seque.

Abra e feche.
O sol já vai sair, mas a chuva ainda vai voltar.
Vai e vai molhar o que restou.
Vai e vai ficar pra sempre no seu último respingo, aquele com sabor de quero mais.

Abra e feche.
Nas canções das crianças
Abra e feche.
No seu mundo paralelo
Abra e feche
Deixe que o corpo se molhe por inteiro

Deixa que ela diga que o que é verdade e o que não é
Deixa que ela mostre quem você é!

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Embaralha meu jogo de cartas

Entre as carteadas e risadas de um fim de semana com a família, descubro que nas cartas do velho baralho, passado na maizena pra 'dar liga', a vida também se resume nas velhas partidas de canastra. Se resumem tanto que comecei a analisar o que tinha de comum comigo tudo aquilo que permeou o sábado e o domingo. São onze cartas pra cada lado, o jogo pode ser individual ou em dupla - em dupla é sempre mais animado, como na vida real, já que o jogo sozinho perde a graça, e quando jogamos com um companheiro do lado, um ajuda o outro até que bingo! Canastra!. Se a sorte não favorece na vida, no jogo ela também se faz presente, e assim como na vida, a história de achar no 'lixo' a salvação para os problemas é o que se busca e o que se encontra no vício familiar. No três vermelho da sorte, o três preto do azar mudam de figura, e cada um alguma hora pode ser peça chave para a solução. Mal usado, ele pode confundir pensamentos e dividir opiniões. Pra mim, duas cartas a mais como qualquer outra, e que se jogadas fora, podem fazer toda a falta no futuro, e também, ao mesmo tempo, se seguradas na mão, perde-se as vezes mais do que se ganha, e vice-versa também, é o jogo! No morto, aquela segunda olhada, quase que como um presente de grego, as mais diversas fatias do baralho se encaixam perfeitamente no antigo jogo, e parecido ou não com o primeiro, podem trazer novas surpresas pra quem gosta de novas aventuras, de novas experiências. Descarta-se todo o passado e ganha-se de presente um novo e seguro amanhã. O bate é o ponto final de quem fez mais pontos, e na minha vida, fazer mais pontos é sorrir em direção de uma nova reta, um novo amanhã. Bater, terminar a partida é como reconquistar o direito de sorrir, e recomeçar novas até chegar aos três ou cinco mil pontos. Eu agora quero saber mais de uma nova partida, que acabou de começar, e o passado, como diria minha irmã, é o tcha tcha tchá!
Vale lembrar que nessa partida embaralho lentamente as estratégias da partida!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

"Deixa o verão pra mais tarde"

Sempre gostei mais do inverno do que do verão. Sempre me fizeram gostar mais do friozinho apertado sobre os edredons do que o calor intenso mergulhado numa piscina gelada. Agora, o sol que me esquenta todas as tardes parece me aquecer mais que o fogão a lenha espalhado pela casa. Deve ser pelos velhos costumes que estou deixando de lado, velhos mas que hoje resolveram dar um jeitinho de mudar o futuro que era quase tão certo quanto meu gosto por chocolate. Meus velhos planos de não voltar ao passado, de abandonar tudo o que eu já abandonei e ainda, não aceitar a condição de retrocesso hoje foram literalmente por água abaixo. Mas a parte boa é que o futuro está me trazendo a sensação que o sucesso pode tomar conta de uma brincadeira que vai se tornar realidade. A brincadeira que eu criei, criar com as pessoas que mais tenho apreço, mais vontade de estar por perto, hoje teve um sabor de realidade. O que me propuz a fazer há três, quase quatro anos atrás, e que deixei guardado no armário por querer objetivos mais intensos, ou que no momento pareciam ser mais 'prestigiosos' que o antigo, voltam a tona numa conversa de "botas batidas" durante um almoço regado com macarrão caseiro e água da torneira. Eu pareci nem acreditar que aquilo pudesse acontecer de verdade, um pote recheado de biscoitos coloridos vai aparecer na nossa vida e que ele fique cada vez mais recheado. O trabalho deste ano é conquistar, abusar da criatividade e deixar o vento me levar. Voltar as velhas raízes sonhadas e fazer de tudo para que o futuro comece hoje, e que o dia de hoje fique na história. Já imagino inclusive os almoços de comemoração, ou pelas várias noites acordadas, o primeiro, com uma bela e maravilhosa feijoada, o segundo, com uma doce e leve colherada de pó de guaraná. O meu projeto deste ano vai muito além do tcc, jornal laboratório, estágio, televisão. O meu projeto pra esse ano é construir um futuro ao lado dos melhores companheiros de jornada que eu poderia sonhar. O meu projeto deste ano começa hoje, e que ele siga adiante por mais vários anos, que ele vista um uniforme branco e laranja, com um quadrado de alfabeto no meio, e quem sabe, um chapéu de confeiteiro, com cheiro de biscoito de morango e uma montanha de chocolate, porque ninguém é de ferro!
Agora, depois de gostar mais do verão, volto a me acostumar com a idéia de um inverno saboroso, ao lado do velho fogão a lenha.
E quer saber, deixa sim o verão pra mais tarde, porque o verão chega sempre quando as coisas já não tem mais tanta graça!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Fim de férias

E as tão sonhadas ao longo de 2008 chegaram ao seu fim.
Férias, quando somos crianças a época mais feliz da vida. É quando finalmente pegamos um carro velho, amontoamos troxas e a familia farofeira, que nem caber no carro cabe, embarca na viagem de 7 horas até o litoral. O destino era sempre o mesmo: a bela e doce Floripa. Ficávamos sempre em um apartamento perto da UFSC, sem vista pro mar, sem estar ao lado de nenhum shopping ou qualquer badalação da cidade grande. Mesmo assim, às sete horas estava todo mundo de pé, todo mundo firme e forte pra conhecer todas as praias possiveis. Nas dunas de algumas, nos desertos de outras, e a gente acreditava mesmo que não eram todas iguais, que ali, do lado de uma, passando apenas uma montanha, era como se uma outra cidade surgisse, e a nova praia era recepcionada pela família com festa. Normalmente ficavamos uma semana por lá, e conheciamos sempre as quarenta e tantas praias, era sagrado, uma tarde ficava reservada pra isso. Sagrado também era passear algumas noites no shopping, comer no Mc Donalds, jogar fliperama e andar na beira mar no anoitecer. Dormir no cabide, brigar pela pasta de dentes, chorar porque o irmão comera tudo o chocolate ou pq os desenhos para colorir tinham ficado tudo para as irmãs. Abrir a porta da vizinha e jogar joguinhos da barbie com duas estranhas que só viamos nas férias, mas que ali brincando, pareciamos estar presentes o ano inteiro. Não sei pq bem ao certo, mas isso fazia toda a diferença, essa semana, que incrivelmente demorava a passar, eram as férias, e era isso e só. Nunca me lembro do restante das férias, não sei quais eram as brincadeiras prediletas, nem o que eu fazia pra me distrair. A última coisa que lembro era só a família toda encapando os cadernos com aquele xadrez vermelho e branco, fazendo as capas mais incrivelmente bonitas, cheias de margens e adesivos. E eu sabia que as férias tinham acabado quando, no domingo, a mãe arrumava toda a mochila, e passava o velho uniforme azul e vermelho e colocava dobradinho em cima de alguma cama vazia.
Agora que cresci as férias tem outro sentido, um de descanso e desencanto.
Agora elas significam terere na sacada, ou na frente da farmácia, festas desencontradas com sabor de saudade e algumas lembranças que fazem os risos sairem como a coisa mais normal do mundo. Férias agora tem sabor de uma cidadezinha pacata, que antes pra mim era gigante, tem a oportunidade de reunir a família e principalmente encontrar quem a tempos não se via. Estas férias, que são as últimas sem preocupações, deixarão saudades imensas, principalmente desta falta de preocupação e da saudade do reencontro.
FIm de férias é assim, a alegria de voltar e reencontrar os amigos e companheiros de jornada é tamanha, mas a tristeza de abandonar a comodidade, a despreocupação e a alegria do lar faz doer o coração.
Volto pra realidade com o sabor das férias de criança, que me aproximavam dos meus familiares e que entre viagens e brincadeiras, acabam sempre na livraria, comprando os materiais escolares.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Tem dias que da vontade de parar o tempo e dizer: Chega!
A cabeça, que é a única que pode tomar decisões sensatas para de funcionar e tudo o que se pensa é deixado de lado em menos de meio segundo, porquê o coração fala mais alto nesse meio tempo. Entre as várias escolhas, sempre as mais desejadas pelo coração costumam ganhar das desejadas pela razão, comigo pelo menos é sempre assim. Quando se é pequeno, a maior escolha está na cartela de adesivo que você vai querer comprar, ou até mesmo na cor das canetinhas que ficarão melhores nas páginas desenhadas e rabiscadas do velho caderno, que nessa época ainda é novo. Nas encruzilhadas da vida, as escolhas ficam cada vez mais complicadas, como quando se vai dar o primeiro beijo, e o medo de fazer a escolha errada ainda faz você pensar por toda a vida. As coisas começam a complicar ainda mais quando lhe avisam: Escolha uma profissão, aqueeela, que vai durar pra toda vida. (eu particularmente, achei que as escolhas acabavam por ai, besteira!)
Pensava eu que escolher o velho jornalismo seria a coisa mais rápida, mais difícil e impossível de se conquistar. Na dúvida de um curso para o outro, optei pela escolha da minha irmã, que na inscrição disse: Jornalismo é um curso legal, pq vc não faz? Eu ali, escolhendo entre história e direito, escutei os mais velhos e me inscrevi para o Jornalismo. Nos testes vocacionais que se fazem na escola, nada de ajudas, apenas uma "confirmação" do que eu já duvidava. Na voz da psicologa: "estou na dúvida com vc, as três áreas de comunicação social lhe iriam bem". Pois bem, a escolha estava feita e a paixão pela profissão não surgia junto com a (in) certeza. Pra piorar ainda, a guerra do vestibular eu conquistei logo de primeira, e já sem escolhas, resolvi o que era mais fácil.
Junto com a escolha turbulenta do futuro, aparece ainda a escolha de um presente. Escolhi amar junto com a mudança de cidade, de estado e de vida. Amei o necessário para não sentir tanto a falta de carinho da família, das irmãs e irmão. Foram então três anos de amor que tomavam meu coração do começo ao final do dia. Mais uma escolha então chegou e o fim do romance a la Romeo e Julieta acabara, e os sonhos, conquistados e criados ao longo destes três anos transformam-se em pó, o velho e sujo pó. Preferi, nesta fase escolher sorrir que chorar as noites, e talvez tenha sido uma escolha sensata, mais até do que a da profissão. Pelo menos esta, escolhi com a razão.

Outra dia vai e as minhas escolhas começam a complicar ainda mais. Logo eu, que achava que o jornalismo nunca iria agradar ao meu paladar, me coloca numa encruzilhada que nunca vi igual. Era como escolher entre o futuro e o futuro. Como se eu estivesse naquelas ruas sem fim, que tem apenas duas placas, uma pra direita e outra pra esquerda, nenhuma reta, o que me deixou bastante encomdada. Já tive sim escolhas dificeis, mas acho que foram poucas que me tiraram uma noite de sono. Esta, me tirou três noites. Tive que escolher entre a primeira paixão, aquela que eu amo do fundo do coração, e a nova paixão, aquela que amo do fundo do coração. Não é fácil pensar que essa escolha pode mudar ainda mais tudo que está ao meu redor. Ela pode até não influenciar em nada da minha vida, mas eu tive que escolher, e tive que escolher rápido, sem as várias horas que eu gostaria de ter. O velho jornalismo começou a trazer mais soluções que problemas. No decorrer do TCC vi que meu futuro é um, já certo. E eu no momento, quero tentar aprender um pouco mais do resto, que não estará tão perto quanto eu gostaria. O que eu tinha em mente no primeiro dia de aula ainda faz parte dos desejos, toda aquela história de dna, de sangue faz eu acreditar ainda mais nisso. E quem sabe por isso eu tenha escolhido o que escolhi, quem sabe por acreditar que sim, meu destino já está traçado, que eu tenha mudado as coisas, invertido os sonhos e acreditado mais naquela história que contamos pra todo mundo. Escolhi então, seguir um conselho velho, de alguém que quem sabe nem tenha desejado que eu soubesse. REsolvi a principio ser um pato. Não vou saber voar bem, nem nadar, ando mal. Mas sei fazer os três, e é isso que vale, é isso que me faz acreditar que eu vou ter o que ensinar, vou saber por onde devo ir. Depois de pato, vou ser como qualquer outra pessoa, especialista em uma coisa, e quem sabe até doutora, o certo mesmo é que escolhi por enquanto o que estava mais dificil pro futuro, oportunidades a gente tem, é só saber aproveitar.

Só espero que esta escolha, a mais difícil, traga um novo amanhã, mais colorido e mais recheado de sabores.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Arte do Bom Humor

Estar de Bom humor hoje em dia é raro. Talvez pelas pessoas estarem cada vez mais stressadas ou até mesmo pela correria do dia a dia que não deixa ninguém parar e perceber o quanto se pode ser feliz. Férias normalmente refletem que o bom humor existe em todo mundo, mas que ele se esconde e some durante todo o ano. Resolvi então ser diferente, e diferente da surpresa de se estar bem humorado em dias raros, escolhi que vou ser bem humorada a vida toda, e a surpresa ficará nos dias que estarei mal humorada. A diferença vai estar nas alegrias que depois dessas duas semanas em passeio descobri, afinal, duas semanas sorrindo ao deitar e ao levantar, sem nenhuma folga, deixam todos ao redor com um sorriso doce no olhar!
Obrigada aos docinhos que fizeram das férias perdidas, as férias sonhadas desde o primeiro ano de faculdade. e agora fica só a saudade e a vontade de sorrir por lembrar de tudo de bom que aconteceu nesses dias passados, que ao longo do ano serão mais presentes que nunca!
Faça um bem ao seu dia, seja feliz! ;)

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

A noite

O que tem nas estrelas que olho todas as noites pela janela da sala? O que será que tem em cima delas, será mesmo que são com cinco pontas, como no desenho do velho caderno? Imagino que um dia, um belo dia, se transformará em noite e eu alcançarei todas elas, vou pular uma a uma e descobrir que as nuvens são sim de algodão doce e as estrelas deliciosas barras de chocolate com recheio secreto, cada uma com um por sinal. Quero descobrir todos os sabores e depois viajar pra lua, onde dormirei na rede de dois coqueiros que eu mesma vou plantar. Na beira do abismo, vou ver que minha cama continua ali, parada a me esperar, e que os sonhos que tenho quando fecho os olhos são os mesmos olhando lá de cima. Vou ver todos de cima, e de lá quero acenar todas as noites, mudar o formato de coelhinho da páscoa para um imenso papai noel, pq nele eu acredito mais (o coelhinho nunca gostou de me dar presentes mesmo). Para terminar, queria pular e cair sem parar, e quando eu abrisse os olhos, eu estivesse de barriga pra baixo na minha velha cama, com a janela aberta, sentindo a brisa deslizar pelos corredores e tendo dezenas de mosquitos mordendo minha canela.