segunda-feira, 30 de março de 2009

Acabei de receber a notícia que esta semana recuperarei meu sotaque carregado para uma entrevista. Meus quase 9 anos de estudo da língua que sempre sonhei em falar e que depois do diploma na mão eu nunca mais ousei em tentar me comunicar vão ter que reaparecer como num passe de mágicas! Meu intercâmbio tão sonhado nunca se concretizou e a fala também pareceu desaparecer com ele. Eis que surge a primeira oportunidade de 'afiar' meu sonho e agora, estou já pensando em como vai ser.. Sabe como quando você espera o primeiro dia de aula ,sonhando acordado, dando frio na barriga e tudo.
Pois bem, essa semana recupero o velho e enferrujado italiano e tento novamente reaprender os velhos sonhos de la bella e dolce Italia

quarta-feira, 25 de março de 2009

Futebol

Quando eu era criança, minha paixão, além das corridas de fórmula 1, dos programas às 6 da manhã rurais e da velha cidade pacata ao lado da minha, que era um pouco menos pacata, era aquele sonho de todos os meninos deste velho país, o Futebol. Eu jogava segunda, quarta, sexta, sábado e domingo, e isso me fazia muito feliz.Além ainda de jogar, acompanhava desesperadamente campeonatos regionais, estaduais e brasileiros, e se o Santos não ganhasse, como era de costume, meu mundo caia.
Fui abandonando as velhas paixões com o tempo, a primeira foi os programas rurais, não conseguia manter o pique no domingo acordando tão cedo. Parei então as corridas de fórmula 1 porque o Rubinho não me dava as mesmas alegrias do Senna, e depois da morte dele, acho que desisti também de pilotar um daqueles voadores. Junto com as idas pra velha cidade pacata,parei o futebol. Com dores no joelho e uma forte pressão da família, que no fundo eu sei que acreditava que eu nunca viraria uma 'mulher'. Aquele estilo despojado, com as calças sempre rasgadas e dedos, punhos, obros, tornozelos e joelhos sempre em pedaços não agradava nem meu pai, muito menos minha mãe, mas quem realmente reclamava era o restante da família, que sentia um certo receio sobre o que seria de mim, eu ainda acredito que eles esperavam o lesbianismo. Depois do joelho contundido, das provas de vestibular e do namorado insistirem na minha mudança, portanto, mudei. Comecei a tal faculdade com a intensão ainda de ser uma excelente jornalista esportiva, e embora isso fosse desejo, esqueci porque na sala já tinha alguém que se dedicava a isso, e a concorrência naquele momento não me atraiu nem um pouco. Passados três anos então, eis que me surge uma novidade, passo então, a partir deste novo ano a cobrir todos os jogos de futsal do time da cidade. NO começo tive receio, não sabia mais direito as regras, mas ali, quando entrei em campo minhas pernas voltaraam a tremer como tremiam nos primeiros campeonatos que joguei. Insisti em ter essa pauta sempre na exclusividade, gosto de 'brincar' com a linguagem 'despojada' dos jogadores, e por mais que eles sempre deem a mesma resposta, ainda prefiro conviver com eles do que com velhos intelectuais.
Numa quadra, além de mim, mais duas repórteres do sexo feminino estavam ali..muito menos do que os vários homens ali presentes, mas convenhamos, uma grande mudança. Antigamente, e disso eu lembro bem, pensavam que mulheres no esporte eram como 'bobagem e burrice', acredito que as coisas estejam mudando... Acho inclusive, que na hhora do lateral, quando literalmente a bunda do jogador se virou para mim, o locutor que estava ao meu lado deve ter pensado que eu olhava a bunda, ele estava enganado, porque diferente de homens, bundas não me atraem, naquele momento pensava eu em o porque do nome do patrocinador estar na bunda? Isso não é estranho afinal?
Não sei bem se o meu futuro é base do meu passado e se o velho futebol vai voltar a ser minha mais grande paixão, sei, hoje em dia, que o que eu tenho aprendido a gostar em televisão é isso: uma partida de futsal, bem jogada, bem disputada e cheia de gritos de torcida e algumas interrupções para tentar entender o passado, presente e futuro.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Crise jornalistica

Primeiro fechamento de Ágora tinha tudo pra dar errado. Matérias caindo, subindo, despencando a ladeira. Os prazos estabelecidos no primeiro dia de aula só funcionaram na tabelhinha grudada no quadro branco repleto de recados entre : jornal A e jornal B. No A, confesso, muito mais recadinhos do que o do outro lado, talvez pela turma ser um pouco maior (11 a 7 na contagem), ou até por eu gostar mesmo de escrever, sim, coube a minha pessoa a função de diretora do primeiro jornal. Na primeira reunião de pauta, fotos e sorrisos estampavam a sala com janelas para o corredor, ao redor da mesa grande e que apesar de grande não caber todo mundo nela. A aula terminou logo ao meio dia, e o stress começou ali, naquele mesmo instante. Todo mudno correndo, todo mundo a toda pra conseguir cumprir os prazos. Tinham entrevistas importantes, como com o grande Maluf, tinham grandes ideais, como conseguir finalmente nosso papel jornal. E nos sonhos destas duas semanas, encontramos a corrupção diária que nos obrigou a não fazer mais do que nossa obrigação, fechar o jornal duas semanas após seu começo. A dificuldade até nem foi tão grande, contando que não conseguimos nem Maluf nem nosso papel jornal. Mas no fim das contas, conseguimos muito mais que isso. Conseguimos com que 2 matérias ficassem sem entrar por falta de espaço; conseguimos entrevistas exclusivas; conseguimos mudar tudo o que já tinhamos criticado até hoje; conseguimos fazer uma edição sem brigas, só stress; conseguimos fazer da união a dita cuja FORÇA!; conseguimos hoje, sexta feira, dia 20 de março, fechar nosso primeiro jornal laboratório experimental.
É isso ai, o fim então parece mais um novo começo, e agora josé?Agora, Ágora pra mim é da batata! E que venham então os pepinos!:)

quarta-feira, 18 de março de 2009

falta.

Ai que falta eu sinto.
Ai que saudade que vivo.
Ai que amargura que insiste e persiste.


Já sentiu vontade de gritar: MÃÃÃEEEE, QUERO VC?

Já sentiu vontade de gritar: PAIIIIII, CADÊ VC?

saudade da família é um 'troço' que dói mais que tiro certeiro... que dói mais que dia de domingo. que só de doer faz tudo ficar escuro, mesmo o sol estando ali, de prontidão. Eita terrinha que tenho saudade. ;/

quarta-feira, 11 de março de 2009

E?

Porque acreditar que tudo vai se resolver se não vai.
Pq ver se o que se quer ver não vai aparecer.
Pq tentar entender se nada pode ser entendido.
Pq mostrar meus sentimentos se eu quero esconde-los.
Pq adiar o coração, se ele quer sentir agora.
Pq tornar tudo mais fácil é tão complicado.
Pq sair se eu quero mais é entrar.
pq entrar se eu quero sair.

Pq eu não entendo o que quero explicar, pq não consigo fazer meus sentimentos aparecerem e fazer o dificil ficar fácil, e a demora que tem de entender o que eu quero tem que ser mais dificil que escolher entre entrar e sair?

terça-feira, 10 de março de 2009

Dificil ou fácil?

E o momento de crise começou, abram as portas pra ela que não para mais de bombar novidades. Uma crise até que do ponto de vista positivo, não poderia estar melhor. Falo da crise mundial, mas falo tbm da crise pessoal. Crise de tempo. Crise de dinheiro. Crise de lazer. Crise de idéias inteligentes. Crise de criatividade. Crise de romance. Crise de um aperto no fundo do peito. Crise de saudade. Crisede choro. Crise de música. Crise de vergonha. Crise de respeito. Crise de ligações. Crise de contas. Crise de água. Crise de brigas. Crise de humor. Crise de hipocondríaca. Crise de família. Crise de luxo. Crise de personalidade. Crise de divisão. Crise de emoções.

Só que no meio de tanta crise, meu sorriso não para de sair do rosto, porque descubro a cada dia que nunca fui tão feliz como sou hoje, nunca tive tantos motivos pra sorrir como hoje, e nunca, nunca mesmo quis ser tão feliz como sou hoje.
" (...)"Tanto faz" não satisfaz o que preciso, Além do mais quem busca nunca é indeciso Eu busquei quem sou Você pra mim mostrou Que eu não sou sozinha nesse mundo. " (Teatro Mágico - Cuida de Mim)

e vai pra longe que agora sei que não sozinha nesse mundo, nem que sou, nem que vou ficar!
;)

segunda-feira, 9 de março de 2009

Um dia de Revolta

Sempre fui meio 'esquentadinha', sabe-se lá se é pela genética do pai ou até mesmo por birra minha, mas no final das contas mesmo, o que é de verdade é que eu não levo desaforo pra casa, nem desaforo, nem nada que não seja a favor das minhas idéias e até mesmo 'ideologias'. Passou muito tempo já desde que eu briguei pela primeira vez, desde a primeira vez que lutei para que a minha idéia fosse a final. Ganhei muitas lutas, e quem sabe acho que perdi muitas mais, mas no final das contas, nem lembro mais das batalhas. Lembro sim das mais gloriosas, das mais lutadas, das mais guerreadas, e nas que eu particularmente prefiro até mesmo esquecer - e de tanto tentar esquecer ainda lembro. O que quero dizer na verdade é que meu fundinho crítico, meio de adolescente revoltada tinha desaparecido dos meus pensamentos, das minhas idéias de um dia ainda fazer do mundo um lugar mais inteligente, pois é, inteligente, porque na maioria das minhas brigas faço o mundo entender que aqui, onde vivemos, sobrevivem somente os mais espertos, e de verdade, minha indignação é tamanha quando não sou entendida, ou quando a minha briga é com alguém que insiste em não ser esperto. Não estou querendo dizer que sou mais esperta que qualquer outra pessoa, não é isso, mas por favor, pedir pra ser burro não é o meu forte. Depois de quase quatro anos em uma Universidade porém, aprendi a respeitar muito mais a opinião de quem está do meu lado, deixei inclusive muitas vezes de exclamar minha opinião por não querer briga com ninguém, por inclusive achar que ela estava completamente errada ao lado de quem falava ( e é aí que entra a minha certeza de que não estou querendo achar que sou a pessoa mias esperta do mundo, nem a mais inteligente etc...). Tudo porém mudou hoje em uma aula corriqueira de segunda feira. O xerox que não conseguia imprimir um trablaho que nem era meu, e que hoje apareceu com um sorriso que a tempos eu não via, que até sentia saudade. Veio em seguida com um pedido da reitoria, que cancelado e que me fez continuar na aula que desde o primeiro segundo eu não gostei. Veio com a revolta de achar que somos todos idiotas e que ainda estamos no primário, com uma discussão que do outro lado só vinha com perguntas sem sentido, sem entender sequer os nossos argumentos. E não eram só meus não, eram NOSSOS, com 3 esses, na verdade, com quase 20 esses. Foi ali, no meio da confusão, da loucura de acreditar que ssiiim, o mundo é feito para os espertos que me dei conta do que estava fazendo da vida... Não desistimos da batalha, até porque essa guerra já é nossa, e no nosso mundinho aqui, descobrimos que lutar pelo que a gente quer também pode ser uma guerra interessante.
E de agora em diante, chegar no horário está proibido!