sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Cinco Sorrisos

Entre as minhas maiores paixões está o sorriso. Acho inclusive, que se eu fosse classificar, ele ficaria entre as três coisas mais importantes da minha vida. O sorriso que vem de alegrias, de emoções e de prazeres insubstituíveis. São de várias pessoas que eu guardo sempre no coração, como as lembranças mais importantes da vida. Não são apenas sorrisos, são atitudes que levam a ele, e entre essas atitudes, as cinco estrelas que fizeram meu final de ano mudar, meu final de ano finalmente sorrir.
A primeira me faz sorrir há três anos, desde as sonecas conversando até as horas sem fazer nada, uma olhando para a cara da outra. Somos tão diferentes que nos completamos diariamente, na cozinha, no banheiro e na sala, toda bagunçada e com um jeitinho de inverno. Nossos sorrisos se cruzaram logo no primeiros dias, aqueles que tinham cara de tristeza e de mudança. Logo vieram as brincadeiras, a cumplicidade e o companheirismo. O meu primeiro sorriso acompanhou todo o meu trajeto, participou de todas as minhas conquistas e derrotas, trouxe na mala a saudade de casa e um gosto de amizade que eu dificilmente experimentarei de novo. Com ela não preciso nem falar, nos olhamos nos olhos e sentimos a mesma coisa. Foi ela a primeira a saber de tudo o que aconteceu, era pra ela meu sorriso de bom dia e meu olhar cansado de boa noite. Nas estrelas, ela é a que brilha mais forte, pois é dela a minha constelação mais brilhante. Brilhante como ela, que deu o susto de me deixar e que apesar de eu querer o melhor pra ela ficaria dificil resistir. O jeito doce de contar novidades e o carinho que cultivei fazem dela o complemento que eu precisava.
Meu sorriso número dois veio sem querer. Não sei bem o porque mas a gente ficou muito próximas esse ano. Antes não era nem um pouco parecido com agora. Nem com ela nem com os próximos sorrisos dessa descrição. Na verdade, ela no inicio era um exemplo a ser seguido, uma coragem e determinação que nunca vi igual. Tamanha vontade de viver que deixava tudo mais cheio de cor quando ela chegaava. Participamos junto da vitória que foi esse ano, e aprendemos juntas o sabor de uma amizade cheia de desafios. Era tudo brincadeira e fui gostando tanto de passar os dias com ela que nem sei mais se conseguiria me imaginar sem. Tardes na sua pequena grande casa nos deixavam cada vez mais perto dos sonhos e dos desejos que eu sempre tive. A mestre dos conselhos mais utilizados, que me apoiou em todas as decisões e que não deixou eu desistir nem por um segundo. Fez eu aprender a ser forte, a tomar decisões rápidas, práticas e quase nem sempre seguras, mas determinantes. Olhava com aquele jeito meio malandro e deixava todos ao seu redor sem palavras, principalmente eu, que da vida não sabia é nada, e ela, aos pouquinhos foi me mostrando que só vivemos uma vez, e que enquanto isso acontece, temos que viver intensamente.
O terceiro sorriso é de tamanho mistério que não sei como consegui fazer parte de mim. Ela é tudo o que eu queria ser, tem um jeito meigo, um olhar apaixonante e um carinho que não tem tamanho. A beleza exterior é gigantesca, mas só o interior que mostra realmente que esse mistério dos olhos verdes é um doce de pessoa. Nunca, nos primeiros dias de aula imaginei eu sentada perto dela, falando dos mesmos assuntos, discutindo as mesmas coisas. os conselhos dela eram sempre os mais escutados, os mais corretos, e lembravam muito minhas irmãs. Chegou tão rápido que quando vi nem sabia que era verdade. Hoje em dia, acho inclusive que é uma sorte gitantesca ter ela todos os dias. As palavras doces e a poesia que se esconde debaixo dela é o que eu mais admiro. Mas o que me marcou mesmo foi a alegria que ela trazia quando chegava. Coisas em comum que eu tenho com ela e que descubro a cada dia, quando ela ri e fala sobre a vida. O olhar mais misterioso que me faz acreditar que sorrir é fundamental pra quem quer realmente viver.
O quarto sorriso é uma garupa. Garupa porque nos aproximamos nas aventuras de uma moto envenenada. Até o corte de cabelo era igual, uma franja meio jogada, e aquele cabelo rebelde secado ao vento. A intelectual que me fez ler livros inteligentes e devolver o sorriso que nunca devia ter saído do seu rosto. Que com um olhar só fazia meu coraçao se acalmar, se enxer de paz e felicidade. Até nem participou muito dos meus olhares tristes, mas me encorajou a seguir em frente e mostrar que tudo ia dar certo. Subia na moto sem capacete com a coragem que nem sei de onde ela tirava, iamos e voltavamos nas aventuras telejornalisticas que nos faziam rir. Vivemos juntas também o amor e a vontade de mudar. Ela pra um e eu pra outro. E foram nas nossas aventuras e sorrisos que encontrei uma cor especial para esse ano.
O quinto veio agora, chegou de mansinho e me tirou do fundo do poço. Junto com o sorriso dois e três mostraram-me que a vida é muito mais que uma antiga vida, que ela se constrói a cada dia e que não importa nada, o presente é um presente diário. O olhar acanhado e o sorriso malandro enxeram meus dias de cor, trouxeram o sabor que faltava e aumentaram minha auto-estima diariamente. É o amigo que eu quis toda a vida, que me escuta falar sem parar e que não reclama das minhas chatices. Foi com a intimidade que nos aproximamos, e é graças a ela que hoje converso com ele todas as minhas histórias. É dele também que vem os elogios que ajudam a reconstruir um coração meio partido. São as palavras dele que fizeram tudo ter outra cor, fizeram eu esquecer do inverno e abrir os olhos para o verão.
Aos meus cinco amigos, que não cabem nessas palavras, mas que através delas eu tento falar o quanto são importantes na minha vida, que eu escrevo essas linhas meio tortas. Não consigo falar tudo o que quero porque o coração aperta só de pensar que estou longe de todos, porque a saudade tá grande, e a maravilha que eles fizeram esse ano por mim ficou pra sempre no coração. São amigos que aprendi a gostar, a entender e a admirar. Tudo, tudo neles tem um sentido completo, que me completa e preenche meus vazios. Sem eles fico sem palavras, sem sorrisos doces.
Até podem ser apenas sorrisos bobos, mas ter eles por perto faz tão bem quanto estar em casa. Queria ter tudo ao mesmo tempo, meus sorrisos amados e adorados junto com minhas paixões. Quem sabe um dia.
Quem sabe qualquer dia...
Para Mi, meu sorriso companheiro
Para Su, meu sorriso malandro
Para Fran, meu sorriso espelho
Para Cris, meu sorriso irmão
Para Eros, meu sorriso colorido

3 comentários:

  1. Tinha que ser eu o primeiro a postar, sou o mais legal mesmo! hahaha
    Mas essas pessoas também são especiais na minha vida e achei tudo muito lindo, palavras doces escritas com a cadência de um sorriso desta Renata que encanta à todos, nos momentos tristes e felizes!

    Beeijo,
    Eros.

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  2. E li do começo ao fim com um nó na garganta que fez chorar. Tão lindo. Esse ano a gente (todos os seus sorrisos) consolidou uma amizade que eu quero que seja pra sempre.

    Beijo Rezinha
    ;**

    Fran

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  3. ê! A Rê tem blog tbm.
    E eu conheço todos os donos dos sorrisos, e a sorridente. :)

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