domingo, 25 de julho de 2010

Desentoando

Cadê o brilho no seu olhar.
Eu vi ontem cedo.

Era ainda tarde quando tocou outra vez.
Foi longe demais aquele beijo.

Deu uma trégua pra saudade.
Conturbações fazem mal ao pensamento.

Tirou o que restava.
Caiu aos prantos.

Tive a impressão de estar certo.
Conteve seu sorriso mais perverso.

Lamentou a saudade.
Viu a sobra do que não tinha partir antes mesmo da chegada.

Conteve seu olhar.
Acho que vi seu desespero.

Permita-me entrar na conversa.
Saiu sem dizer meu adeus.

Permita-me sair da conversa.
Entrou sem pedir por favor.


Foram algumas noites mal dormidas... Foi o dia da saudade que me trouxe até aqui... Foi quando cansei disso tudo, trouxe de volta e insisto em coibir a verdade. É fato, estou ficando maluca, sem jeito e com o coração duro. É fato, e se é fato não se discute. Se não se discute, boa sorte pro destino, que ele passe bem longe da pacata vidinha que levo no paraíso escondido perto do mar, longe do peito, amarrado à razão. Sorte do acaso, que sobrou pra ele toda responsabilidade dos meus atos. É fato, e se é fato não se discute...

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