terça-feira, 10 de novembro de 2009

Descompasso. Desentoa. Desconfia.

Às vezes eu tenho uma vontade extrema de falar apenas Eu te amo. A simples frase que muda muita coisa em quem ouve, e normalmente em quem fala também, não me provoca calafrios e demais sensações estranhas. Apenas tenho vontade de gritar pra qualquer pessoa. Acredito que este falar em amar não seja o sentimento mais sublime, mais intenso que exista, acho que outras frases pra mim trariam muito mais efeito, teriam muito mais sentido. Certa vez ouvi a exclamação: Confio em você. E por motivo ou outro, isso me deu uma certeza maior que o amor. Podia até ser mentira a confiança depositada, e a recebida também, a decepção sim chegou sem tardar, mas realmente frases assim tem mais impacto do que a manjada eu te amo. Afinal, amar é mesmo amar do fundo do peito? Não acredito no amor intenso entre homem e mulher por exemplo, acredito no companheirismo, na confiança e no respeito, até na amizade, embora essa eu ainda duvide um pouco... mas amor, ah, amor não, amor é algo que se sente poucas vezes no mundo, se sente por pai, mãe e irmãos, e olhe lá ainda. Mas o gesto de dizer eu te amo não é como amar, e não é expressar sentimentos. Já vi muitos casais brigando e ao mesmo tempo se chamando de amor, como assim, há amor no meio de tantas palavras hostis e tanta desconfiança? Há amor onde não se há respeito? Pra mim, amar é diferente de dizer eu te amo, amar é sentir no fundo do peito e não precisar exclamar a nenhum dos mil ventos isso, amar é sentir e olhar no olho e ver que se sente e só. Nunca senti amor por alguém, e deve ser por isso que a frase tenha me cativado tanto, que eu tenha tanta vontade de falar, deve ser a vontade de sentir também, deve ser o desejo incontrolável de amar alguém e de ser amada como qualquer outro....

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