terça-feira, 21 de julho de 2009

Férias Perdidas(?)

Há alguns anos eu acreditei que passar minhas tão preciosas férias em Guarapuava era o fim do mundo. Na verdade, pensava que era um colapso tão grande que nem queria imaginar.. Como se o universo se destruisse se eu ficasse um dia a mais aqui. O tempo passou e eu continuava a ter essa visão, até esse ano chegar. Passar os dias aqui parece um alivio pra alma, não que a cidade mais doce que chocolate tenha perdido o encanto, mas acho que aqui ganhou um novo sabor também. Talvez seja só uma fuga incansaável do futuro, acredito que na hora em que eu terminar meu curso, se me faltarem opções, é pra casa dos pais que terei que voltar - futuro semelhante ao presente dos meus irmãos -; talvez também pela busca interminável de encontrar respostas pro meu presente, que todo dia muda de tom. Sei, depois de procurar tantas respostas pra esta minha estadia aqui, que férias na cidade gelada não tem tanta diferença dos dias normais... Pessoas diferentes nas ruas fazem parte da rotina, mas depois de 4 anos por aqui, encontro ainda alguns rostos coloridos caminhando pela velha XV de novembro. Acho que me apaixonei pela cidade que não queria chegar, que não quis voltar várias vezes... pode ser o frio, pode ser que sim, pode ser que não. O que importa é que aqui o tcc anda, e a rotina de farmácia - sofá - pão com alface, requeijão e tomate - sacada solitária com a velha cerveja e amendoins termina, e da uma nova cara as férias que começaram com um calor de 35º em Iaciara-GO, e fica perto dos 4º por aqui!

2 comentários:

  1. Ah, Rê. Eu não sei se é mal de lourenciana, mas me identifico sempre com cada palavra tua. E qdo leio seus textos lembro sempre das nossas (raras) conversas no ônibus sentido PB - Gpuava. E vejo como vc evoluiu, como está madura.
    Ah, achei de uma sensibilidade tamanha os rostos coloridos na XV.

    Beijos

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  2. Re... concordo com a Tati: lendo os seus textos eu não vejo mais a menininha encantadora que conheci, vejo uma mulher que me entristece não compartilhar mais o dia a dia... E, veja só, você está na vantagem. Eu só descobri que gostava daí depois que tinha ido embora. E foi tarde. Tanto que da última vez que fui praí, naquele dia que te encontrei (eu te encontrei, né? tava meio alta...) na festa, me acabei de tanto chorar... porque queria mais, e mais, e mais, e mais...
    Então aproveita, flor!
    E incertezas, se você for como eu, vão te acompanhar por toda a vida.
    Saudade!

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