quinta-feira, 2 de abril de 2009

certeza

Lá pras bandas do outro mundo deve existir em carne e osso alguém que nunca tenha tido incertezas. Lá 'praqueles' lados pode sim ter alguém que não queira nada do que a gente quer, e que talvez tenha sempre tido a realidade nas mãos. E a pergunta que fica na cabeça de muita gente é se no fundinho isso pode ser uma certeza. Se ter a certeza de que não se tem incertezas pode ser a mais pura realidade dos fatos. Perceber então que o coração manda mais que a razão - e só manda porque a gente obedece - é perceber que não se tem motivos pra fingir uma realidade absoluta já que o absoluto é incerto - esse no meu ponto de vista. Ai para-se e escolhe entre o certo e o duvidoso, normalmente o certo, dificilmente o duvidoso, mas o coração, o teimoso e cansativo coração quer mais que tudo o duvidoso, e resolve, de uma hora para a outra que o certo já não é o bastante, que o que era comum não é mais o que se quer, e de repente, num passe de mágicas o passado vira passado e o presente futuro. Pare com pensamentos bobos, tolos e cansativos. Pare com a vida passada diante dos seus olhos e observe que no fundo, nem sempre no fundinho, o coração tem razão de ter as certezas mais incertas de todas, e que assim seja por enquanto, porque hoje é só isso que basta.

2 comentários:

  1. Oi Re!
    Saudade, guria!
    Sabe o que é mais interessante no seu texto?
    Que, apesar das convenções mais variadas, das pessoas serem tão diferentes, no fundo, na essência, nós somos bem iguais. Pelo menos parecidos.
    Porque tudo o que você disse aí em cima sinto como se fosse a minha alma falando.
    E realmente, hoje é só isso que basta!
    Adorei!

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