segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Fim de férias

E as tão sonhadas ao longo de 2008 chegaram ao seu fim.
Férias, quando somos crianças a época mais feliz da vida. É quando finalmente pegamos um carro velho, amontoamos troxas e a familia farofeira, que nem caber no carro cabe, embarca na viagem de 7 horas até o litoral. O destino era sempre o mesmo: a bela e doce Floripa. Ficávamos sempre em um apartamento perto da UFSC, sem vista pro mar, sem estar ao lado de nenhum shopping ou qualquer badalação da cidade grande. Mesmo assim, às sete horas estava todo mundo de pé, todo mundo firme e forte pra conhecer todas as praias possiveis. Nas dunas de algumas, nos desertos de outras, e a gente acreditava mesmo que não eram todas iguais, que ali, do lado de uma, passando apenas uma montanha, era como se uma outra cidade surgisse, e a nova praia era recepcionada pela família com festa. Normalmente ficavamos uma semana por lá, e conheciamos sempre as quarenta e tantas praias, era sagrado, uma tarde ficava reservada pra isso. Sagrado também era passear algumas noites no shopping, comer no Mc Donalds, jogar fliperama e andar na beira mar no anoitecer. Dormir no cabide, brigar pela pasta de dentes, chorar porque o irmão comera tudo o chocolate ou pq os desenhos para colorir tinham ficado tudo para as irmãs. Abrir a porta da vizinha e jogar joguinhos da barbie com duas estranhas que só viamos nas férias, mas que ali brincando, pareciamos estar presentes o ano inteiro. Não sei pq bem ao certo, mas isso fazia toda a diferença, essa semana, que incrivelmente demorava a passar, eram as férias, e era isso e só. Nunca me lembro do restante das férias, não sei quais eram as brincadeiras prediletas, nem o que eu fazia pra me distrair. A última coisa que lembro era só a família toda encapando os cadernos com aquele xadrez vermelho e branco, fazendo as capas mais incrivelmente bonitas, cheias de margens e adesivos. E eu sabia que as férias tinham acabado quando, no domingo, a mãe arrumava toda a mochila, e passava o velho uniforme azul e vermelho e colocava dobradinho em cima de alguma cama vazia.
Agora que cresci as férias tem outro sentido, um de descanso e desencanto.
Agora elas significam terere na sacada, ou na frente da farmácia, festas desencontradas com sabor de saudade e algumas lembranças que fazem os risos sairem como a coisa mais normal do mundo. Férias agora tem sabor de uma cidadezinha pacata, que antes pra mim era gigante, tem a oportunidade de reunir a família e principalmente encontrar quem a tempos não se via. Estas férias, que são as últimas sem preocupações, deixarão saudades imensas, principalmente desta falta de preocupação e da saudade do reencontro.
FIm de férias é assim, a alegria de voltar e reencontrar os amigos e companheiros de jornada é tamanha, mas a tristeza de abandonar a comodidade, a despreocupação e a alegria do lar faz doer o coração.
Volto pra realidade com o sabor das férias de criança, que me aproximavam dos meus familiares e que entre viagens e brincadeiras, acabam sempre na livraria, comprando os materiais escolares.

Um comentário:

  1. Aii q saudades das minhas ferias escolar...
    Hoje n tenho ferias mais para chorar por elas acabarem..
    =(

    Legal seu blog!!
    ;)

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