quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Tem dias que da vontade de parar o tempo e dizer: Chega!
A cabeça, que é a única que pode tomar decisões sensatas para de funcionar e tudo o que se pensa é deixado de lado em menos de meio segundo, porquê o coração fala mais alto nesse meio tempo. Entre as várias escolhas, sempre as mais desejadas pelo coração costumam ganhar das desejadas pela razão, comigo pelo menos é sempre assim. Quando se é pequeno, a maior escolha está na cartela de adesivo que você vai querer comprar, ou até mesmo na cor das canetinhas que ficarão melhores nas páginas desenhadas e rabiscadas do velho caderno, que nessa época ainda é novo. Nas encruzilhadas da vida, as escolhas ficam cada vez mais complicadas, como quando se vai dar o primeiro beijo, e o medo de fazer a escolha errada ainda faz você pensar por toda a vida. As coisas começam a complicar ainda mais quando lhe avisam: Escolha uma profissão, aqueeela, que vai durar pra toda vida. (eu particularmente, achei que as escolhas acabavam por ai, besteira!)
Pensava eu que escolher o velho jornalismo seria a coisa mais rápida, mais difícil e impossível de se conquistar. Na dúvida de um curso para o outro, optei pela escolha da minha irmã, que na inscrição disse: Jornalismo é um curso legal, pq vc não faz? Eu ali, escolhendo entre história e direito, escutei os mais velhos e me inscrevi para o Jornalismo. Nos testes vocacionais que se fazem na escola, nada de ajudas, apenas uma "confirmação" do que eu já duvidava. Na voz da psicologa: "estou na dúvida com vc, as três áreas de comunicação social lhe iriam bem". Pois bem, a escolha estava feita e a paixão pela profissão não surgia junto com a (in) certeza. Pra piorar ainda, a guerra do vestibular eu conquistei logo de primeira, e já sem escolhas, resolvi o que era mais fácil.
Junto com a escolha turbulenta do futuro, aparece ainda a escolha de um presente. Escolhi amar junto com a mudança de cidade, de estado e de vida. Amei o necessário para não sentir tanto a falta de carinho da família, das irmãs e irmão. Foram então três anos de amor que tomavam meu coração do começo ao final do dia. Mais uma escolha então chegou e o fim do romance a la Romeo e Julieta acabara, e os sonhos, conquistados e criados ao longo destes três anos transformam-se em pó, o velho e sujo pó. Preferi, nesta fase escolher sorrir que chorar as noites, e talvez tenha sido uma escolha sensata, mais até do que a da profissão. Pelo menos esta, escolhi com a razão.

Outra dia vai e as minhas escolhas começam a complicar ainda mais. Logo eu, que achava que o jornalismo nunca iria agradar ao meu paladar, me coloca numa encruzilhada que nunca vi igual. Era como escolher entre o futuro e o futuro. Como se eu estivesse naquelas ruas sem fim, que tem apenas duas placas, uma pra direita e outra pra esquerda, nenhuma reta, o que me deixou bastante encomdada. Já tive sim escolhas dificeis, mas acho que foram poucas que me tiraram uma noite de sono. Esta, me tirou três noites. Tive que escolher entre a primeira paixão, aquela que eu amo do fundo do coração, e a nova paixão, aquela que amo do fundo do coração. Não é fácil pensar que essa escolha pode mudar ainda mais tudo que está ao meu redor. Ela pode até não influenciar em nada da minha vida, mas eu tive que escolher, e tive que escolher rápido, sem as várias horas que eu gostaria de ter. O velho jornalismo começou a trazer mais soluções que problemas. No decorrer do TCC vi que meu futuro é um, já certo. E eu no momento, quero tentar aprender um pouco mais do resto, que não estará tão perto quanto eu gostaria. O que eu tinha em mente no primeiro dia de aula ainda faz parte dos desejos, toda aquela história de dna, de sangue faz eu acreditar ainda mais nisso. E quem sabe por isso eu tenha escolhido o que escolhi, quem sabe por acreditar que sim, meu destino já está traçado, que eu tenha mudado as coisas, invertido os sonhos e acreditado mais naquela história que contamos pra todo mundo. Escolhi então, seguir um conselho velho, de alguém que quem sabe nem tenha desejado que eu soubesse. REsolvi a principio ser um pato. Não vou saber voar bem, nem nadar, ando mal. Mas sei fazer os três, e é isso que vale, é isso que me faz acreditar que eu vou ter o que ensinar, vou saber por onde devo ir. Depois de pato, vou ser como qualquer outra pessoa, especialista em uma coisa, e quem sabe até doutora, o certo mesmo é que escolhi por enquanto o que estava mais dificil pro futuro, oportunidades a gente tem, é só saber aproveitar.

Só espero que esta escolha, a mais difícil, traga um novo amanhã, mais colorido e mais recheado de sabores.

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