Era uma terça feira bem simples... Um friozinho batia com o vento, que não é mais tão gelado como outrora, e por isso não corte como antigamente, o solzinho da tarde ainda conseguia esquentar um pouco a alma, o corpo e quase nada o coração, mas isso nem vem ao caso...
Foi nessa circunstancia que resolvemos pegar o carro e rir um pouco mais que o costume. Chegar na casa, que fica a esquerda do posto, subindo na terceira rua após passar a ponte, indo até uma rua com final, a terceira casa do alto do morro para baixo. Muro da altura da cintura, grade ao alcance dos olhos, a casa vermelha, de degraus altos que levavam para cima e para baixo. Em baixo, como nas normais casas de madeira, um grande porão que ao entender parecia ser sem ventilação e/ou iluminação. Cá chegamos, lá subimos e logo na subida gritamos:
"é a senhora quem le as cartas?"
"Sou sim, podem ir subindo..."
Com um medo de arrepender-me no meio dos degraus, subi ao entorno de gatos, um corrimão enferrujado e uma garagem suspensa. Ao entrar, um odor forte de madeira, forte de vela e intenso de falta de coragem. Sentamos no sofá que era coberto com um pano vermelho, acho que para evitar os arranhões dos bixanos... Frente a uma tv que insistia em nao funcionar, e a velha mulher ali insistia em tentar a fazer-la funcionar... Demorou até sintonizar a velha Fm mais conhecida da região e ela adentrar ao puxadinho separado da sala por uma cortina 'sem cor'. Uma porta vermelha separava o escritório do resto da casa, e confesso, a porta vermelha me deixou ainda mais reciosa. Comecei a rir da situaçao e ri ainda mais quado chegou a minha vez. Uma bola de cristal, uma Nossa Senhora de Fátima e alguns terços, imagens cristãs e na estantezinha, plantas que nao descobri se eram verdadeiras ou falsas.
"corte 7 vezes o baralho"
Ele era velho, com as pontas caidas e quase sem cor. O vermelho desbotado do verso também se refletia nas folhas reais. Era um mago verde, umas espadas, algumas flores, a morte, a fortuna e um homem.
"Tem namorado?"
"Não que eu saiba"
"Mas gosta de alguém né?"
"Ah, a gente sempre gosta né!"
um minuto de silëncio quebrado por um: Ahh! É ele!
no meu: humm... Náo entendi, ela madou eu virar mais 3 cartas, e como se estivesse 'escrito' ela murmurou: É ele mesmo, é o homem da sua vida!
Cabeça confusa, ela tentou me convencer que seria ele meu futuro marido, pai dos meus filhos, dono do forte ciume pelo excesso de homens ao meu redor. Meu emprego? Ah, o melhor do mundo, onde eu ganharei rios de dinheiro com facilidae e com amor maior que tudo. O lugar? Uma cidadezinha no interior, menor que outras que considero pequenas, e que eu só chegaria mais longe com o apoio dos meus amigos.
Não quis pergutnar nada, é fato que achei tudo aquilo uma graça e uma experiencia feita pra eu rir. Confesso também, que muito do que ela falou ficou palpitando no meu cerebro, mas nao por muito tempo. O emprego imediato nao chegou. O amor da minha vida se tornou apenas lembrança, e, o homem que eu deveria esquecer, aparece cada vez mais no meu dia a dia. Os amigos de sempre estao ainda longe. Fato mesmo é qeu voltei pra cidade pequena, que vou começar a lidar com livros de novo, e, qe o jornalismo é uma paixão, mas que ele vai me levar pra outro lado.
Dado os 15 reais, fui embora e desde entao quis desafogar a lembrança daquela velha senhora, de cabelos pretos bem curtos, unha do dedao preta, a ponto de cair, roupa simples, com aparencia de velhas, sapatos de dentro de casa, e mistério quase que descoberto pelo seu sorriso, que ao enganar as senhoritas, ainda assim parecia ser sincero.
Foi nessa circunstancia que resolvemos pegar o carro e rir um pouco mais que o costume. Chegar na casa, que fica a esquerda do posto, subindo na terceira rua após passar a ponte, indo até uma rua com final, a terceira casa do alto do morro para baixo. Muro da altura da cintura, grade ao alcance dos olhos, a casa vermelha, de degraus altos que levavam para cima e para baixo. Em baixo, como nas normais casas de madeira, um grande porão que ao entender parecia ser sem ventilação e/ou iluminação. Cá chegamos, lá subimos e logo na subida gritamos:
"é a senhora quem le as cartas?"
"Sou sim, podem ir subindo..."
Com um medo de arrepender-me no meio dos degraus, subi ao entorno de gatos, um corrimão enferrujado e uma garagem suspensa. Ao entrar, um odor forte de madeira, forte de vela e intenso de falta de coragem. Sentamos no sofá que era coberto com um pano vermelho, acho que para evitar os arranhões dos bixanos... Frente a uma tv que insistia em nao funcionar, e a velha mulher ali insistia em tentar a fazer-la funcionar... Demorou até sintonizar a velha Fm mais conhecida da região e ela adentrar ao puxadinho separado da sala por uma cortina 'sem cor'. Uma porta vermelha separava o escritório do resto da casa, e confesso, a porta vermelha me deixou ainda mais reciosa. Comecei a rir da situaçao e ri ainda mais quado chegou a minha vez. Uma bola de cristal, uma Nossa Senhora de Fátima e alguns terços, imagens cristãs e na estantezinha, plantas que nao descobri se eram verdadeiras ou falsas.
"corte 7 vezes o baralho"
Ele era velho, com as pontas caidas e quase sem cor. O vermelho desbotado do verso também se refletia nas folhas reais. Era um mago verde, umas espadas, algumas flores, a morte, a fortuna e um homem.
"Tem namorado?"
"Não que eu saiba"
"Mas gosta de alguém né?"
"Ah, a gente sempre gosta né!"
um minuto de silëncio quebrado por um: Ahh! É ele!
no meu: humm... Náo entendi, ela madou eu virar mais 3 cartas, e como se estivesse 'escrito' ela murmurou: É ele mesmo, é o homem da sua vida!
Cabeça confusa, ela tentou me convencer que seria ele meu futuro marido, pai dos meus filhos, dono do forte ciume pelo excesso de homens ao meu redor. Meu emprego? Ah, o melhor do mundo, onde eu ganharei rios de dinheiro com facilidae e com amor maior que tudo. O lugar? Uma cidadezinha no interior, menor que outras que considero pequenas, e que eu só chegaria mais longe com o apoio dos meus amigos.
Não quis pergutnar nada, é fato que achei tudo aquilo uma graça e uma experiencia feita pra eu rir. Confesso também, que muito do que ela falou ficou palpitando no meu cerebro, mas nao por muito tempo. O emprego imediato nao chegou. O amor da minha vida se tornou apenas lembrança, e, o homem que eu deveria esquecer, aparece cada vez mais no meu dia a dia. Os amigos de sempre estao ainda longe. Fato mesmo é qeu voltei pra cidade pequena, que vou começar a lidar com livros de novo, e, qe o jornalismo é uma paixão, mas que ele vai me levar pra outro lado.
Dado os 15 reais, fui embora e desde entao quis desafogar a lembrança daquela velha senhora, de cabelos pretos bem curtos, unha do dedao preta, a ponto de cair, roupa simples, com aparencia de velhas, sapatos de dentro de casa, e mistério quase que descoberto pelo seu sorriso, que ao enganar as senhoritas, ainda assim parecia ser sincero.
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